DICAS DA SANDTECA

 

O Solitário que veio da Alsácia

Já assistiu ao filme “O Quarto de Jack” com a atriz, vencedora do Oscar, Brie Larson? Então: imagine-se como uma pessoa que nasceu em um ambiente e, por anos, só sabe que existe um universo de “pessoas, carros, árvores, luzes e sons” através de uma TV ou nos livros. 

Assim como o Quarto de Jack, Solitário está muito acima desse drama cinematográfico e demonstra angústia, suspense, tristeza e muita informação nos desenhos sem balões e raríssimos diálogos. 

O início parece estranho, mas logo os mistérios que cercam o personagem principal nos atraem como o filme Psicose, de Hitchcock, para saber o que ocorrerá no final.  

Solitário conta a história de um homem com defeitos genéticos e desde o seu nascimento, jamais deixou o farol e o único contato que ele tem com o mundo são caixas com alimentos, fotografias, livros e brinquedos deixados por marinheiros na ilha, o que lhe assegura sobreviver. 

Isso dura 50 anos após a morte dos pais.

É uma constância de mexer com nosso fator psicológico imaginar uma vida em total silêncio, sem religião, sem política, sem bondade ou maldade, sendo indiferente e alheio a todo tipo de relações com a humanidade, sem medo ou culpa, apenas o silêncio. Nós sentimos o lado dele e, de certa forma, até invejamos por momentos em que há liberdade sem a contaminação da ganância da humanidade ; ao mesmo tempo é interessante ver como ele desenvolveu uma maneira de perceber o mundo. Com essas atitudes, a gente vai se apegando ao personagem, torcendo pela mudança, nos entristecendo pelas raras oportunidades que não são aproveitadas. 

Christophe Chabouté nasceu em Alsácia, menor região da França, fronteira com a Alemanha e Suíça. Um lugar inusitado que escondia um grande artista e veio nos mostrar sensibilidade em que seus desenhos ganham um toque de dramaticidade. Ele mostra, em Solitário, um enredo que nos envolve e nos deixa com ar de alívio e satisfação ao final da obra.


Christophe Chabouté

Sandman

Sandman  
é Professor da área de Linguagens e Códigos, Artista Plástico, Fotógrafo, Pesquisador de hqs e dono da Sandteca, uma Biblioteca de Gibis Localizada na Rua Raimundo Valmir Almeida, 59. B. Manoel Castro Filho, cidade de Guaramiranga, Ceará.

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

COLETIVEARTS, 06 ANOS DE VIDA,
CONTANDO HISTÓRIAS, 
CRIANDO MUNDOS!


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1 Comentários

  1. Obra poética e introspectiva. Narrativa marcante que evidencia que a cultura dos quadrinhos possui uma gama de histórias notáveis.

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