Consumo Cego

Terminei minha última crônica nesse espaço, afirmando: “Não há lugar para… a Natureza diante da ambição capitalista e do status quo dos cidadãos”.
Depois disso, durante a dormida ou momentos zen, acorreram ideias que pareciam desenhar de forma mais contundente o mea culpa citado.
E começa assim: inversamente proporcional à degradação da Natureza pelo Capitalismo Selvagem, nós, consumidores, estamos sempre dentro de uma ambição desmedida, que possa abocanhar o máximo possível do que é produzido.
Sempre queremos mais e melhor. Muitas vezes já temos um bem, um produto, um serviço, mas estamos atentos aos lançamentos. Se vemos uma propaganda de lançamento, já fazemos contas. Se vemos alguém usando algo que não temos, passamos a desejar ardentemente. Isso ocorre mais do que se imagina.
As pessoas são consumidoras contumazes, que nem sempre sabem utilizar o produto comprado, mas não importa, pois querem mesmo é o status, mostrar o poder. Isso ocorre da favela à mansão. Ninguém quer pisar nos freios do consumismo. O pobre quer enriquecer para poder consumir tudo que o Mundo oferece. O ricaço quer mais e mais para comprar muitos imóveis, mobiliário, carrões, aviões, etc.
As pessoas não compreendem que tudo que fazem compromete a Natureza. Pergunta se há alguém preocupado com a degradação da Natureza para quem vai cair na loucura do Carnaval. Organizar uma festa dessa, com viagens, ornamentações, adereços, pinturas, etc., gasta-se muitos recursos. Mas…
Sabendo disso, a indústria trabalha incessantemente, indo às últimas consequências na sua ganância e abuso contra o Meio Ambiente, para lançar os produtos que decretam como importantes para os cidadãos.
Não há, portanto, carinho, zelo e responsabilidade nem de uns, nem de outros. O que ocorre é uma parafernália total. Como os governos são, sabidamente, incompetentes e inoperantes, os resultados atingem níveis devastadores, como todos sabem.
A Natureza que se exploda.
G. G. Carsan |
G. G. Carsan é cidadão do mundo, gosta de caminhadas na natureza, tocar violão nas horas de folga, passar horas na internet papeando com os amigos, escrever editoriais e matérias nos seus grupos e páginas, preparar novos livros e poesias, manter os storys atualizados, viajante internauta pelas imagens e mapas... é um escritor brasileiro cujo principal lema de vida é valorizar a justiça, a honra e o caráter; escreve histórias reais e ficções e tem dez produções lançadas entre livros físicos e e-books (o último: Pandemia Brasil – Uma Bala na Agulha). É um colecionador, divulgador e historiador do personagem de quadrinhos TEX, com uma dúzia de exposições em eventos pelo Brasil, quatro livros publicados, páginas e grupos na internet desde 2002, cinco temporadas no canal do youtube "Tex Show", uma dúzia lives na página Texianos Live Show e foi o primeiro cosplay do personagem no Brasil.
Para conhecer um pouco mais sobre GG Carsan, escute o episódio de nosso podcast, o Coletive Som, gravado com esse grande pard. Clique Aqui.
4 Comentários
Texto maravilhoso, reflexão profunda sobre uma responsabilidade coletiva humana para se encontre medidas urgentes de cuidado com meio ambiente.
ResponderExcluirParabéns ao autor!
Obrigado.
ExcluirVejo muito desperdício e isso me incomoda. Por outro lado, vemos a Natureza em fúria. E de outro, o consumismo exacerbado é a tônica do nosso tempo.
Temos que fazer a nossa parte. Precisamos resistir.
Ótimo texto de onde podemos concluir que o capitalismo está matando o planeta. As ilustrações são ótimas, quem fez?
ResponderExcluirObrigado, Nestor.
ExcluirPara escrever um texto que critica o consumismo, utilizei um celular penultima geração e a ilutstração é feita com IA. Entro nessa mea culpa com uns 30%. Sem isso não dá para sobreviver. Sou daqueles que utiliza o aparelho até ele pifar. A geladeira, a maquina de lavar, o carro, nada se vai antes de 10 anos de uso. Vamos nessa.