Leonel, o Hermano
O Brasil sempre foi uma grande miscelânea, uma mistura de gente de todos os tipos, lugares e isso sempre se refletiu no que é o país e sua cultura. No Rio,o carioca tem a alcunha de ser uma cidade hospitaleira. E por ser um lugar que recebe muito gringo e pessoas de outros estados do Brasil, o Rio tem a vocação de ser uma cidade festeira e de grandes eventos.
Leonel, uruguaio de nascimento, batismo e coração, trocou sua cidade natal, a bela Montevidéu, pelo calor carioca. Escritor de mão cheia, escreveu alguns contos, poesias, romances e resolveu embarcar no teatro. Fã de Nelson Rodrigues, resolveu ir ao Rio de Janeiro se inspirar a começar na dramaturgia, no teatro especificamente.
Leonel se instalou na cidade onde o seu xará brasileiro foi governador. Resolveu morar no bairro de Fátima, na movimentada região do Centro da cidade. Pela localização do local, fácil acesso a tudo, com boas atividades e próximo a boemia. Sentiu-se em casa.
Já instalado e ambientado em solo tupiniquim, é hora de se entranhar no meio teatral e ir buscando inspirações pela cidade para escrever sua peça de teatro. Queria começar bem e altura de seus santos de cabeceira. Para estreitar laços de amizade, fez um bom churrasco ao modo uruguaio, melhor maneira de se criar boas relações impossível. E deu resultado. Já tinha se tornado carioca.
O cotidiano no Bairro de Fátima estava lhe dando ideias e sendo uma boa forma de reconhecimento do campo. Foi absorvendo tudo o que era preciso para o pretendia fazer. Algum tempo se passou e Leonel já tinha o esboço da peça na cabeça, e começou a escrever a peça depois de ter ido a feira do bairro, e se deliciar com uma comida de botequim.
O titulo da peça seria “Rio de Janeiro e suas histórias”. Conseguiu reunir um grupo de atores numa mescla entre novatos e experientes e todos ficaram empolgados pelo fato de alguém de fora do país ter uma visão do Rio, tão rica em tão pouca tempo habitando entre nós. Depois de meses de leitura do texto e ensaios, a peça já tinha o local definido e estreia. Seria no Teatro Rival e no dia do aniversário da cidade. Combinação perfeita. Todos afiados e bem preparados, Leonel e alguns atores, dando entrevistas a imprensa local e a curiosidade do público a mil, isso foi deixando a equipe bem ansiosa e suando frio com a repercussão que estava se criando sobre esse trabalho.
Enfim o dia da estreia, o entorno do Rival lotado, um dia lindo se fez até o momento, e abre-se as cortinas e começa o espetáculo. Felizmente saiu tudo dentro do planejado e só foi curtir a ovação da plateia e toda equipe foi comemorar o sucesso ali no Amarelinho.
Daniel Filósofo |
CULTURA!
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