UM POUCO DE HISTÓRIA

 No labirinto da memória

Perdido nas lembranças, ao som destas chuvas inclementes que batem no telhado, gerando goteiras pela casa, não posso deixar de lembrar da tragédia das enchentes do ano passado. Maio de 2024 foi um mês terrível. Faz um ano que escrevi um texto sobre aquele momento dramático, postei na rede e a minha querida amiga Cristina leu e me convidou para participar do ColetiveArts. Lá se vão 26 textos publicados e divulgados para tantos e tantas mundo a fora. Agradeço ao pessoal do Coletive por esta oportunidade para divulgar os meus escritos, alguns cheios da “ira santa” dos que denunciam as injustiças e os descaminhos por onde vai perdida nossa sociedade; outros recheados do lirismo poético e do bom humor de quem reúne forças para seguir adiante, mesmo sem ter claro para onde se está indo... Mentira! A gente sabe para onde vai, só não sabe se vai chegar. Guiados pela bússola da memória seguimos adiante, são lembranças dos nossos afetos, dos amores vividos e sofridos, dos bons momentos compartilhados com quem amamos e da consciência de que amar e sentir-se amado é o melhor combustível para tocar a vida em frente. Temos responsabilidades com quem amamos, já nos ensinou aquele gurizinho, o Pequeno Príncipe, e estas responsabilidades nos estimulam a viver e melhorar como pessoas.

A chuva continua caindo, as águas do rio subindo e eu não posso deixar de lembrar dos clássicos versos de Fernando Pessoa: “navegar é preciso, viver não é preciso”. Será que todo mundo entende estes versos? Confesso que até pouco tempo imaginava tratar-se de uma mensagem de desprezo pela vida, algo até perigoso para alguns nestes dias tristes, cinzentos e chuvosos. Entretanto, numa dessas palestras da vida, escutei um professor explicar que a palavra “preciso” não quer dizer “necessário”, mas vem de “precisão”, ou seja, de exatidão. Diante deste esclarecimento, as palavras de Fernando Pessoa ganham outro significado: “navegar é preciso”, do contrário a tripulação do navio se perderá nesse imenso mar, já a vida, esta não tem precisão, não sabemos exatamente se chegaremos aonde queremos, é uma surpresa que nos faz sair da cama todos os dias e viver, mesmo que seja, como nas palavras do escritor uruguaio Eduardo Galeano: “vivir por curiosidad”.




NESTOR OURIQUE MEDEIROS


"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

COLETIVEARTS,  07 ANOS DE VIDA,
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