DANIEL FILÓSOFO

 Latino na Praça Onze

A praça onze e o bairro do Estácio, são dois lugares lendários, patrimônios do Rio de Janeiro. São ligados por pequenos limites geográficos, muitas histórias e muito samba no pé. E não pode faltar, aquele botequim com jeitinho carioca.

Da cidade do México, Rivera, não o grande pintor e companheiro de Frida Kahlo, mas Leonel de nascimento e batismo. Jornalista, radialista e escritor, a comunicação é o seu dom e o seu norte. É a única coisa que sabe fazer na vida. Vive a vida num bairro bem suburbano da capital do México e trabalha de forma independente e bem alternativa.

Leonel querendo conhecer novos horizontes e expandir seus conhecimentos, foi juntando uma grana para ir conhecer outro país da latino-américa. Não foi uma coisa rápida, levou um tempinho, mas enquanto fazia suas economias, foi pensando onde iria passar um tempo. Até que conversando com um velho amigo, ele lhe fala maravilhas e os lados ruins do Rio de Janeiro e suas incongruências. Mas que era um lugar interessante para se ter uma experiência nova de vida e não muito diferente do que estava acostumado onde viviam.

Lá foi Rivera para a eterna cidade maravilhosa, cheia dos seus defeitos, mas ainda valia-se a pena ter esse intercâmbio. Levando o necessário na mala e junto a isso, um gravador de áudio, uma câmera portátil, lá foi ele se arriscar em solos cariocas.

Do Galeão até onde ficaria, foi observando a cidade em todo o trajeto. Viu que o Rio não era o que pintavam lá na Cidade do México. Não menosprezando a cidade em que acabara de conhecer, ao contrário, bateu ainda mais curiosidade e ideias do que poderia fazer com o que trouxe consigo.

O táxi que o levará do aeroporto para Laranjeiras, por cargas d'água, passou pelo Estácio. Leonel resolveu ficar por ali mesmo e desistiu de se hospedar no bairro da zona Sul do Rio. Resolveu ficar numa pensão na rua Maia de Lacerda, endereço que um dia foi de Aldir Blanc.

Ali começou a conhecer o outro lado da cidade maravilhosa. Ali iria fervilhar um monte de idéias na sua cabeça e produzir algo interessante. Já instalado no local, foi se ambientando e procurando conhecer as redondezas e a história da região pela voz dos seus moradores. Sempre com o gravador de áudio e a câmera portátil, foi colhendo um rico material e conhecendo o berço do samba, que foi ali no Estácio e praça onze. Como um bom repórter, foi gastando sola de sapato e a cada encruzilhada, via que tinha um farto material para gravar e fazer um documentário sobre sua passagem por ali.              

E foi o que fez. Colheu um rico material ao longo de meses e era hora de editar o material. Por ali mesmo nas redondezas, achou um estudante de comunicação que fez brilhantemente o que era preciso para o documentário feito pelo Rivera saísse. Intitulado de conexão Estácio-Praça Onze, saiu simultaneamente no México e no Rio de Janeiro. Foi elogiado nós dois países e lhe rendeu alguns prêmios. E o mexicano ficou mais alguns meses morando no Rio e dividido se voltava ou não para a sua cidade natal.

Daniel Filósofo

Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista. Também escreve a coluna "A música segundo o Filósofo".

Daniel também é o responsável pelo projeto Rock Roll Old School Webrádio pelo RadiosNet, confira AQUI


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