Então estávamos nós, dentro de sua casa sem portas, janelas, saídas ou entradas. Você nativa eu a convite.
Enquanto eu dormia e sonhava, você saia pelo alçapão escondido embaixo da mesinha do telefone.
Aparecia tempos depois dizendo que estava atrás da cortina da janela imaginária que dava para o pátio interno.
Quem sabe construímos janelas, portas, um quintal, floreiras, brinquedos para os gatos, janta para os amigos…dizia eu.
E enquanto eu falava você saia pelo alçapão escondido embaixo da mesinha do telefone e aparecia tempos depois…
Texto: Rafael Ilhescas
Arte: Nathália RL
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