O SIMIÓIDE

Nada será como imaginas

   Essa semana me peguei pensando em como a gente imagina o que vai acontecer na nossa vida. Aí a gente se prepara, corre atrás, luta mesmo por aquilo que quer. E no final das contas, acontece tudo ao contrário. Pior, existem pessoas que procuram algo na vida, e quando acham, a sua vida se torna miserável.

   Não que não devamos continuar com essa busca. Pela minha experiência, devemos sempre escutar aquela voz lá no fundo. O bom senso. Mas não o senso comum. Bom, às vezes, o senso comum. Devemos escutar mesmo o nosso bom senso. O que nos revela o que somos. Lá no fundo. Creio que isso nos diga se estamos no caminho certo ou não. 

   

   Perseguir algo que não nos parece certo, ou que não nos deixa feliz, pode nos transformar em uma pessoa que não vai ser agradável encontrar no espelho. Nos tornamos facilmente pessoas agressivas, mesquinhas, egoístas, soberbas, ao perseguir com muita força o que queremos. O nosso futuro. Atropelamos os outros. Os sonhos dos outros. E pior! Justificamos isso com o quê? Justamente com o nosso sonho. Fazer isso serve como justificativa para chegarmos à nossa felicidade.

   Parece um pensamento atual, não? Pessoas sem máscara, fazendo festa e tal. Mas não. Dessa vez não pensei nisso, politicamente falando. Pensei de forma bem pessoal mesmo. Uma forma como todos agimos quando nos cegamos pelo delírio que é moldar cada vírgula do nosso futuro.

   Aqui o Simióide, encerrando mais uma transmissão. Pensativo e pessimista, ainda assim, com
o coração cheio de amor. S2

André Palma Moraes