FISSURAS NA QUARTA PAREDE

   OPINIÃO


Quando se doa...

Amor!


No cantinho escuro parece que as cores se misturam

Se misturam tanto que fica de um breu irreconhecível

E, assim, sentada, encolhida...

Pode sentir as batidas do seu coração

Tum, tum, tum...

Uma a uma em um ritmo frenético como se quisesse gritar

Sim! Gritar, era isso mesmo.

O grito que antes não podia dar.

O grito contido, medido, diagnosticado

Anos que a vida lhe tirou

Anos que ganhou.

É estranho pensar que da morte surge a vida

Que da dor surge o amor.

Mas, quando se lembra, os olhos cheios de lágrimas

O coração disparado

Sim, agora, ele pode disparar e acalmar...

Disparar e acalmar...

Como teria sido

O barulho, o estrondo, a sirene

E lá estava ela recebendo o que lhe deram.

A dor de quem deu

A alegria de quem recebeu

O amor que se fez presente.

Em um gesto, em um ato, simples, dolorido, gigante,

Em sua plenitude de entrega e generosidade

De quem chora o coração perdido na calada da noite

Mas que entende o amor transformado, transmutado

No outro, nos outros, que fez sorrir.

Que fez viver!

Porque o Amor...

O amor foi feitinho pra se doar.


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Dia 27 de setembro - Dia Nacional da Doação de Órgãos

A cada uma pessoa que é doadora outras sete são salvas

Setembro Verde


Izabel Cristina é Licenciada em Teatro, gestora de cultura e Especialista em Acessibilidade Cultural, atriz, dramaturga, diretora e professora de teatro. Desde 2014 coordena o Departamento de  Artes Cênicas da SMCEL- Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e lazer de Gravataí/RS


Izabel Cristina




 

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