Quando se doa...
Amor!
No cantinho escuro parece que as cores se misturam
Se misturam tanto que fica de um breu irreconhecível
E, assim, sentada, encolhida...
Pode sentir as batidas do seu coração
Tum, tum, tum...
Uma a uma em um ritmo frenético como se quisesse gritar
Sim! Gritar, era isso mesmo.
O grito que antes não podia dar.
O grito contido, medido, diagnosticado
Anos que a vida lhe tirou
Anos que ganhou.
É estranho pensar que da morte surge a vida
Que da dor surge o amor.
Mas, quando se lembra, os olhos cheios de lágrimas
O coração disparado
Sim, agora, ele pode disparar e acalmar...
Disparar e acalmar...
Como teria sido
O barulho, o estrondo, a sirene
E lá estava ela recebendo o que lhe deram.
A dor de quem deu
A alegria de quem recebeu
O amor que se fez presente.
Em um gesto, em um ato, simples, dolorido, gigante,
Em sua plenitude de entrega e generosidade
De quem chora o coração perdido na calada da noite
Mas que entende o amor transformado, transmutado
No outro, nos outros, que fez sorrir.
Que fez viver!
Porque o Amor...
O amor foi feitinho pra se doar.
Seja um doador!
Dia 27 de setembro - Dia Nacional da Doação de Órgãos
A cada uma pessoa que é doadora outras sete são salvas
Setembro Verde
Izabel Cristina |
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