EXPOSIÇÃO 80 ANOS DO BARDO




80 ANOS DO BARDO

Fazer um texto falando sobre esta expo em homenagem a Bob Dylan é falar sobre Robert Allen Zimmerman, pessoa que passou por várias fases e em todas elas nunca buscou um rótulo, nunca se ajustou a tendências ou se enquadrou. Passou por alguns momentos de identificação com A ou B, mas nunca se acomodou por nenhuma paragem. O negócio é estar em movimento, inovar, experimentar, testar na vida laboratório. Foi cantor, compositor, escritor, ator, pintor e artista visual. Foi ele mesmo. Nunca foi de se conformar ou de se adaptar para agradar. Suas mudanças eram novas viagens sem interesse em fazer parte da moda do momento. Cantou a favor dos movimentos pelos direitos civis e de oposição à Guerra do Vietnã. Levou a arte como função para a frente de batalha. Muitas vezes incompreendido, estava sempre passos a frente. 

Prepare o violão e a gaita. Solte a poesia nessa homenagem mais que justa a alguém que ousa a pensar com a própria cabeça ao invés de seguir mapas fáceis mostrando um caminho qualquer ou receitas prontas de fácil digestão. Uma pessoa que atingiu o mundo em um tempo em que não existia internet ou telefone celular. Nesse tempo, para atingir o mundo, tinha de ter muita potência nas ações e na voz.

FABIO DA SILVA
BARBOSA









Uma tarde de maio, mês do meu aniversário, várias recordações de infância e adolescência, ouvindo minhas canções favoritas e passando pela linha do tempo do facebook vejo que hoje é o dia do aniversário do Bob Dylan.

Putz, eu brigo comigo mesmo, como estava deixando passar desapercebido o aniversário dessa lenda viva do universo cult, inteligente, rock e fantástico. Rapidamente me puni com a frase: Cara, você não vai esperar acontecer com ele o que aconteceu com o Bowie para escrever uma homenagem né???  Então aqui apresento a minha reverência.

A pessoa que estiver lendo esse texto agora e desconhece o homenageado só precisa saber de poucos mas cruciais detalhes:

Robert Allen Zimmerman é um cantor, compositor, escritor, ator, pintor e artista visual norte-americano e uma importante figura na cultura popular há mais de cinquenta anos. Grande parte de seu trabalho mais célebre data da década de 1960 se tornaram hinos dos movimentos pelos direitos civis e de oposição à Guerra do Vietnã. Suas letras durante esse período incorporaram uma ampla gama de influências políticas, sociais, filosóficas e literárias, desafiaram as convenções da música pop e apelaram à crescente contracultura.

Por conta disso, a música Folk, na cultura norte-americana, atingiu o auge de popularidade nas décadas de 50 e 60 e Bob Dylan incorporou as tensões dessa época da melhor forma, com foco nos detalhes e humor.

Em 2004 foi eleito pela revista Rolling Stone o 7º maior cantor de todos os tempos e, pela mesma revista, o 2º melhor artista da música de todos os tempos, ficando atrás somente dos Beatles, e uma de suas principais canções, "Like a Rolling Stone", foi escolhida como a melhor de todos os tempos. Influenciou diretamente grandes nomes do rock americano e britânico dos anos de 1960 e 1970. Em 2012, Dylan foi condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama.

Foi laureado com o Nobel da Literatura de 2016, por "ter criado novos modos de expressão poética no quadro da tradição da música americana". E, assim, tornou-se o primeiro e único artista na história a ganhar, além do Prêmio Nobel, o Pulitzer, o Oscar, o Grammy e o Globo de Ouro.

Além desse relato vale salientar que Renato Russo, Cazuza, Raul Seixas e outros imortais da nossa música nacional tiveram em Bob Dylan uma fonte inspiradora de diversas composições que preencheram nosso cotidiano durante anos.

Enfim, esse é Bob Dylan.

Walter Paz

Curadoria:

 
JORGINHO

"Ah, but I was so much older then,

'm younger than that now..."


                          

                                                                       

 ANDERSON ANDF, Alvorada, RS/Brasil



ED BARROS, Imbé, RS/Brasil



LAÍS CARDOSO, Cachoeirinha, RS/Brasil



LEXY SOARES, Mauá,SP/Brasil



MARA ZINE, Ilha Comprida, SP/Brasil



MARNE RODRIGUES, Porto Alegre, RS/Brasil



MATHEUS DIAS, Gravataí,RS/Brasil



MATHEUS DIAS, Gravataí, RS/Brasil



MONIKA PAPESCU, Osório, RS/Brasil



NEGRO, Peru



NEGRO, Peru




SUED SIQUEIRA, Fortaleza, CE/Brasil



RODRIGO BAPTISTA, Canoas, RS/Brasil




TAÍS SOUZA, Alvorada, RS/Brasil



WALDEMAR MAX, Gravataí, RS/Brasil



ZINA, Reino Unido /UK



ZINA, Reino Unido/UK



JORGINHO, Capão da Canoa, RS/Brasil




JORGINHO, Capão da Canoa, RS/ Brasil



JORGINHO, Capão da Canoa, RS/Brasil



JORGINHO, Capão da Canoa, RS/Brasil



JORGINHO, Capão da Canoa, RS/Brasil




Conheci Bob Dylan em 1992 após uma imersão em Sex Pistols e Ramones (graças ao Deivid Francioni), era só o que eu escutava. Numa revista Bizz (também do Deivid) vi uma matéria sobre Dylan, fiquei curioso e comprei um coletânea em um vinil que me acompanha até hoje. Ali estava o que realmente importava a poesia, a rebeldia, a sonoridade saída de uma alma antiga e ao mesmo tempo nova. Depois comprei Desire e a paixão completou-se. Escuto Dylan todos os dias, para desenhar, para me influenciar, para refletir. Quando não é Dylan é Johnny Cash ,ou seja quando não é o mestre, busco um parecido. Dylan é o mais humano dos Deuses, o Deus mais falho e o mais significativo. Bob Dylan, o nome que mudou minha vida, por isso organizei essa exposição. Obrigado a todos os artistas que participaram dela.

Jorginho















A exposição 80 anos do Bardo tem apoio da Tropicália Rock Club de Capão da Canoa/RS, Rua Maranguap, 503, loja 02 , Centro, Capão da Canoa RS



Confiram o episódio do podcast do ColetiveArts, o Coletive Som - A voz da arte dedicado a Bob Dylan, com a participação de Chris Fuscaldo:


03 ANOS DE COLETIVEARTS, NÃO ESPALHE FAKE NEWS, ESPALHE ARTE!



Sempre algo interessante
para contar!



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3 Comentários

  1. Acho que conheci Bob Dylan através do programa Som Pop. Entre tantas dele, gosto da "Lay Lady Lay", da quilométrica "Hurricane", "Homesick Subterranean Blues", "The Times They Are A-Changin'", enfim...

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  2. Dylan é grande! Bela exposição! Linda homenagem!

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