ARTE E CULTURA

 

VIKINGS ZUMBIS ESTÃO

 CHEGANDO!


A HQ argentina que ganhou o Prêmio Fênix de Melhor Quadrinho Argentino de 2021 chega ao Brasil em uma edição de luxo, formato europeu (20,5 x 28 cm), capa cartonada com orelhas (12 cm). Um novo trabalho editorial da Tai Editora, que inaugura uma série de graphic novels premiadas na Argentina, em formato grande. Rodolfo Santullo e Jok assinam Vikings Zumbis (Zomvikingos), um trabalho que ganhou o mundo e está sendo publicado em diversos países, inclusive pela americana Heavy Metal.

Os melhores quadrinhos contemporâneos argentinos ganharão este formato especial pela Tai Editora. Somente obras criadas depois dos anos 2000.

A ação acontece na Dinamarca, por volta do ano 1031. Após uma viagem de várias semanas, um navio viking regressa à aldeia sem ter conseguido alimentos para enfrentar o rigoroso inverno que se aproxima da região. O único saque que conseguiram veio de outro navio que encontraram nos mares do norte.

O que aqueles vikings não sabiam era que o navio estava tomado por marinheiros transformados em zumbis. Quando eles chegam na costa, a praga se espalha e a população começa a ser atacada e devorada pelos mortos-vivos.

Logo os vikings liderados pelo rei Knut terão que tomar uma decisão, pois hordas desses seres começam a cercar as defesas estabelecidas na fortaleza onde as famílias sobreviventes se entrincheiraram. As opções apresentadas são duas, igualmente perigosas. Resistir até perecer por falta de alimentos ou fugir para terras mais altas, domínios governados por seu antigo inimigo.

Com um grande trabalho de caracterização dos personagens, sejam eles protagonistas ou secundários. Além do calculista Knut e seu leal braço direito, o bravo guerreiro Trondheim, estão a altamente talentosa Astrid, a esposa determinada do patriarca, e o caolho Haakon, seu conselheiro de confiança em assuntos do palácio. São precisamente as intrigas anteriores que se presumem entre eles, habilmente sugeridas na história através de certas decisões e diálogos específicos, que cimentam o desenvolvimento do conflito principal, acrescentando uma preocupação genuína pelo destino que os espera.


CONVERSA COM O ILUSTRADOR JOK

Jok é o apelido de Diego Coglitore, desenhista, roteirista e colorista argentino. Sob a tutela de Rubén Meriggi (Crazy Jack) estudou quatro anos com o maestro Osvaldo Viola (Oswal) e publicou em diversos meios de comunicação independentes surgidos nos anos 90 para se tornar um profissional. Faz parte de La Productora, um grupo de artistas que publica e ensina quadrinhos em sua própria escola. Os quadrinhos de Jok foram publicados na Argentina, Itália, Inglaterra, França, Espanha, Canadá, Estados Unidos, Brasil e Uruguai.

No Brasil, Jok teve "Quarenta Caixões" e "Caverna do Ladrão" publicados pela Jambô, "Reflexo" e "Camulus" pela Red Dragon, "A Lenda de Merlin" pela Avec, além de "Controle de Pragas" pela Tai.

JOK


JORGINHO: Primeiramente quero dizer que é um grande prazer estar conversando com você.

JOK: O prazer é todo meu, amigo! Muito obrigado pela atenção e interesse.


JORGINHO: Vikings Zumbis está prestes a ser publicado aqui no Brasil pela editora Tai, parabéns por este trabalho premiado, mas você poderia dizer ao nosso leitor como nasceu esse projeto?

JOK: Começou quase por acaso, como tantas outras questões que estão acontecendo neste negócio. Embora também houvesse causalidade e alguma sincronicidade, o que muitas vezes torna os projetos viáveis. Em uma edição da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, eu desenhava no estande de um editorial para o público presente. Algumas crianças tinham solicitado desenhos de personagens de mangá e eu propus alterá-los para vikings (já que não estou muito familiarizado com o estilo mangá e, além disso, os vikings sempre deram inspiração extra). Uma das crianças me pediu o desenho de um zumbi, mas como eu já estava desenhando vários personagens vikings, propus desenhar um zumbi viking. E eu "batizei" esse desenho, o chamando de “zomvikingo”. O editor tirou uma foto do desenho, que chegou às redes sociais. Então o escritor uruguaio Rodolfo Santullo (meu grande parceiro de aventuras) começou a brincar sobre este episódio. Depois de vários comentários públicos no Facebook sobre o conceito, Santullo foi “ameaçado”, entre risos, para iniciar um novo roteiro baseado no desenho. E eu respondi os seus comentários brincando e "ameaçando" desenhar aquele projeto se ele ousasse escrevê-lo. Foi assim que em poucos dias e depois de várias "ameaças", o primeiro capítulo do roteiro de “Zomvikingos” chegou no meu e-mail. Algum tempo depois, um editor argentino (Capitán Barato) propôs publicá-lo quando estivesse pronto e é assim que ocorreu a produção do projeto. Como disse, uma verdadeira bola de neve. No entanto, e para além da anedota, no folclore viking destaca-se a figura de alguns mortos-vivos que vêm da água, conhecidos como “draugr"


JORGINHO: O que o leitor pode esperar ao ler Vikings Zumbis?

JOK: Embora o projeto tenha começado a partir de piadas nas redes, Vikings Zumbis (como será conhecido no Brasil) é uma história de aventura, terror e drama. É claro que os leitores também encontrarão muita ação, suspense e um pouco de sangue, como o gênero indica. Santullo fez um ótimo trabalho dando corpo ao personagens e incluindo-os em um conflito que vai além do típico surto de zumbis. Os protagonistas são assediados por vários conflitos e, embora não tenham medo de morrer, sua tão esperada chegada ao Valhalla (paradoxalmente, esse é o maior horror que eles percebem com a chegada dos zumbis: a condenação de vagar como mortos-vivos e perder seu paraíso viking para sempre).

JORGINHO: Sou fã da sua arte, então gostaria de saber quando chegaram as histórias em quadrinhos na sua vida?

JOK: Sempre desenhei e li quadrinhos, antes mesmo de saber ler (minha irmã mais velha lia para mim as tirinhas de Gasparzinho, Riquinho Rico e Luluzinha). Então, por meus próprios meios, já estava lendo Mafalda, Clemente, Patoruzú e os heróis da DC Comics. E nunca mais parei.

Este meio tem me acompanhado sempre e todos os dias, como leitor, como autor e como meio de subsistência. Ele também me deu alguns amigos maravilhosos e me permitiu conhecer vários países (ele me deu a oportunidade de conhecer o Brasil graças às minhas visitas ao FIQ e CCXP, gentilmente convidado por Iván Freitas da Costa. Uma grande pessoa e talento que conheci graças a este trabalho).

Patoruzú, criação do cartunista Dante Quinterno

JORGINHO: Quais são suas maiores influências no desenho?

JOK: Minhas influências mais diretas são artistas argentinos como Rubén Meriggi (também editado por Tai), Carlos Meglia, Eduardo Risso e Quique Alcatena. Grandes gênios desta profissão (recomendo que procure o trabalho deles se você não os conhece!). Além disso, estudei com o grande Mestre Oswal, uma influência definitiva no meu desenho e na minha vida. Também estudei outros autores como Mignola, Miller e Rubén Pellejero, entre outros. Eu gostaria de pensar que há algo deles no meu desenho... mas o que eu não tenho dúvida é que eu os uso no meu coração de cartunista.


JORGINHO: Quais são seus trabalhos que você considera os mais importantes em sua vida?

JOK: Minha agenda de trabalho é dividida entre séries e livros encomendados e meus projetos autorais (como Vikings Zumbis, por exemplo). É muito difícil determinar um favorito, mas posso destacar “Quarenta Caixões” (publicado pela Jambô no Brasil). Essa obra foi o meu primeiro livro autoral, juntamente com Rodolfo Santullo, o que nos permitiu publicar em vários países (e ainda está sendo publicado). Outros trabalhos que posso mencionar são as séries Merlin e Hector (publicadas pela Avec no Brasil), Ladrões e Masmorras (editado por Jambô), Controle de Pragas (em breve, pela Tai) e Camulus (editado pela Red Dragon). Todas essas publicações estão disponíveis no Brasil, um sonho que eu tinha por vários anos (e isso pôde ser cumprido graças, novamente, ao meu amigo e benfeitor Ivan Freitas da Costa).

JORGINHO: Como é a publicação não só de Vikings, mas de outros trabalhos seus fora da Argentina?

JOK: Meu trabalho comissionado e próprio foi publicado nos Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França, Dinamarca, Alemanha, Espanha, China, Brasil, Uruguai e Argentina. Na maioria das vezes eu mesmo faço as negociações com outras editoras (tenho certa vocação pelo "faça você mesmo", característica definidora da minha formação e atuação profissional atual). No caso específico dos Vikings Zumbis, foi publicado primeiro na Itália, depois na Argentina e agora chega a edição brasileira. Em breve será lançado nos EUA através dos selos Heavy Metal/Stonebot.


JORGINHO: Como é a cena dos quadrinhos na Argentina como um todo?

JOK: Hoje existem várias editoras lutando e editando bons materiais, com uma nova geração de autores muito talentosos, artística e tecnicamente falando. Festivais também estão indo muito bem (pequeno e grande), em Buenos Aires e no resto do país. Os quadrinhos estão ganhando um lugar de destaque nas feiras do livro, uma tendência muito saudável ano após ano. Em contrapartida, o mercado argentino ainda não é grande, mas está ganhando reconhecimento no ambiente cultural e na mídia gradualmente. A situação melhorou muito em relação ao final dos anos 1990, quando as grandes editoras argentinas já haviam desaparecido. Dito isso, ainda é muito necessária a força de vontade dos autores e editores para apoiar a cena, porque estamos longe de construir uma indústria. Mas nossa tradição de grandes criadores segue firme.


JORGINHO: Em qual projeto você está trabalhando atualmente? E qual são os planos para o futuro?

JOK: Atualmente estou terminando dois quadrinhos de ficção científica para o mercado dos Estados Unidos (esse gênero é um dos meus favoritos, então eu realmente gostei). Também estou trabalhando com meu estúdio em dois projetos para o mercado francês (ambos desenvolvidos com meus parceiros de estúdio). E eu continuo trabalhando com editores independentes nos Estados Unidos, fazendo uma série cyberpunk e uma comédia sobre roqueiros de Asgard (muito engraçado). Esses dias eu devo começar uma grafic novel  de horror e outra de suspense psicológico, ambas para editoras independentes nos EUA (já pensando em lançamentos para o ano que vem). No campo do nosso próprio trabalho, junto com Santullo, estamos finalizando o quarto volume de Merlin e Hector, enquanto tentamos continuar com o nosso policial chamado "Fletero". Também temos planos para retomar Vikings Zumbis e Caverna do Ladrão, mas para isso devemos colocar nossas agendas em ordem. Paralelamente eu já estou trabalhando em um projeto de alto nível para os EUA, mas é muito novo para anunciar oficialmente.


JORGINHO: Deixe uma mensagem para o leitor brasileiro que está seguindo seu trabalho e que deseja comprar Vikings Zumbis.

JOK: Queridos leitores! Em primeiro lugar, quero agradecer à gentileza e cordialidade com que fui recebido na FIQ e CCXP (este ano estarei novamente em São Paulo! Nos vemos lá!). Eu também sou muito grato pelo apoio na campanha de financiamento Vikings Zumbis , que está funcionando muito bem (ótimo trabalho dos meus grandes amigos da Tai editora, a quem aproveito para agradecer). A edição brasileira provavelmente será a mais luxuosa até agora, esperamos estar à altura do desafio. Os leitores encontrarão uma história na qual podem se envolver com os personagens e seu mundo, além da ameaça sobrenatural. Não apostamos apenas em "sangue", então vocês poderão apreciar um conflito muito humano, com personagens profundos e que devem tomar decisões difíceis à sombra do extermínio da sua forma de vida e de sua transcendência espiritual.


NÃO PERCAM!


Vikings Zumbis

FORMATO EUROPEU (20,5 X 28 CM)
CAPA CARTONADA COM ORELHAS (12 CM)
100 PÁGINAS COLORIDAS
VOLUME ÚNICO

PREÇO NA PRÉ VENDA, CATARSE : 69,00
PREÇO FINAL (APÓS A PRÉ-VENDA): 109,00

PÁGINA PARA ACESSAR O CATARSE  AQUI

CONTATOS DA  TAI EDITORA:


CONTATO DE JOK


"Minhas influências mais diretas são artistas argentinos...Também estudei outros autores ...mas o que eu não tenho dúvida é que eu os uso no meu coração de cartunista."
Diego Coglitore, JOK



Jorginho é Pedagogo, Filósofo, ilustrador com trabalhos publicados no Brasil e exterior, é agitador cultural, um dos membros fundadores do ColetiveArts, editor do site Coletive em Movimento, produtor do podcast Coletive Som - A voz da arte, já foi curador de exposições físicas e virtuais, organizou eventos geeks/nerds, é apaixonado por quadrinhos, literatura, rock n' rol e cinema. É ativista pela Doação de Órgãos e luta contra a Alienação Parental.


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