ROTA SONORA

Dose Dupla de Tributos


“Alan White” não foi apenas o baterista de um dos maiores conjuntos de rock progressivo já criados, mas também um compositor britânico natural do “Condado de Durham” que começou a tocar aos 13 anos inspirado nos “Beatles” e em “The Searchers”, por exemplo. Sua 1ª banda chamava-se “Downbeats” e depois mudou seu nome pra “Blue Chips” e ganhou um concurso de bandas iniciantes em “Londres”. “White” se dedicava tanto aos estudos quanto a música, pensando em se formar como arquiteto, mas a vocação pra música falou mais alto a partir de seus 17 anos e chegou a tocar num grupo chamado “The Gamblers” em diversos shows na “Alemanha”.

Em 1969, foi convidado por “John Lennon” (o qual dispensa apresentações, mas já escrevi sobre ele em https://visaoandf.blogspot.com/2020/01/john-ringo-e-danny.html ) pra integrar a “Plastic Ono Band” de “Yoko Ono” (a alternativa e polêmica até então esposa de “Lennon”) no festival “Toronto Rock and Roll Revival”. “White” achou que fosse um trote brincalhão de “Lennon”, mas ERA SÉRIO porque foi visto atuando como “músico de sessão” (artista contratado pra gravações ou shows ao vivo), chegando a tocar no mesmo festival com “Eric Clapton” e o músico alemão “Klaus Voorman”.

Além de atuar como baterista em canções de “Lennon” (“Imagine” e “Instant Karma”), “White”  já tocou com outro “ex-Beatle”: “George Harrison” (também falei sobre ele em https://rotasonora-andf.blogspot.com/2016/07/mes-especial-do-rock-31-georgeharrison.html )

“White” foi convidado, em 1972, pra integrar o “Yes” e substituir o baterista/percussionista “Bill Bruford” que iria pro “King Crimson”. No ano seguinte, a banda lançaria o álbum “Tales from Topographic Oceans” e já com baterista novo que também atuaria como compositor. Ele também lançou um único disco solo chamado “Ramshackled”, em 1976. Mas permaneceu no “Yes” mesmo participando depois de algumas bandas americanas de “Seattle” (onde fixou residência), como “MeKaBa” e “Treason”. É claro que ganhou muitos prêmios desde que foi integrante da “Plastic Ono Band”.

Adoro esta aqui desde que a conhecia numa coletânea (https://visaoandf.blogspot.com/2010/03/sim-tambem-ouco-rock-progressivo.html ):


Em 2003, criou sua própria banda chamada “White” que também lançou um único álbum homônimo em 2006, chegou a parar e a retornar em 2010. Em 2017, foi incluído no “Rock and Roll Hall of Fame”. 
Faleceu dia 26 de maio deste ano, aos 72 anos e a causa da morte não havia sido informada. 




“Andrew John Fletcher” (também chamado de “Andy Fletcher” ou “Fletch”) foi um DJ e tecladista também britânico, mas nascido em “Nottingham”. Teve contato com o punk rock aos 15 anos, mas teve influência das bandas “Siouxie and the Banshees”, “The Cure” e “Kraftwerk”, além de “Human League” e “Orchestral Maneuvres in the Dark”( OMD). Foi criador e baixista de uma banda de vida curta chamada “No Romance in China”, com seu colega de classe “Vince Clarke”.

Em 1980, “Martin Lee Gore” juntou-se a dupla pra formar o “Composition of Sound”, que adotou um sintetizador. “Clarke” era quem escrevia as canções e era o vocalista, mas isso até o cantor “Dave Gahan” ser recrutado no mesmo ano e o grupo mudar de nome pra “Depeche Mode” por sugestão do próprio “Gahan”. O resto é uma história bacana que já contei em:https://rotasonora-andf.blogspot.com/2011/02/estavam-de-passagem-nana-nao.html . Ele não era apenas o fundador e músico da banda como também cuidou de assuntos financeiros e técnicos.


Na época do “Devotional Tour” (do álbum “Songs of Faith and Devotioon”, de 1993), “Fletcher” esteve à beira de um colapso nervoso enquanto “Gahan” e “Gore” estavam mergulhados nas drogas e o baterista/tecladista “Alan Wilder” morrendo de cansaço e desgosto a ponto de cair fora depois de tudo, foi o mais perto que o “Depeche Mode” chegou de um amargo fim de carreira.



Fora do “DM”, lançou em 2002 seu próprio selo chamado “Toast Hawaii” e assinou contrato com o grupo britânico de música eletrônica “CLIEИT”, o qual também ele acompanhou em shows atuando como DJ. Chegou a tocar em festivais e clubes até mesmo versões remixadas de músicas do “Depeche”. No final de 2015, tocou em clubes europeus.

“Fletcher” faleceu dia 26 de maio com 60 anos. Que ele e “White” continuem fazendo a maior sonzeira no além.



Anderson ANDF

Anderson ANDF é ilustrador, fanzineiro e nerd de carteirinha. Já lançou fanzines, quadrinhos e é um grande rockeiro!

Você pode acompanhar o trabalho do Anderson:


04 ANOS DE COLETIVEARTS,
CONTANDO HISTÓRIAS, CRIANDO MUNDOS
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2 Comentários

  1. Valeu, Anderson, por essa homenagem ao baterista do YES, uma das minhas bandas preferidas do rock progressivo, junto com RUSH.

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    1. Yes e Depeche Mode ainda curto muito ou nunca teria escrito a respeito, é lógico!

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