FIGUEIRA
Passavam por ela o vento.
Passavam as estações.
Passava inverno e verão.
Ela mesmo era uma estação
Onde os pássaros piavam canções.
Passavam crianças
Que subiam em seus galhos
Alcançando o mais distante figo.
Forte e firmada no chão,
A figueira não era só diversão.
Também servia de abrigo.
Após algumas décadas
Os moradores foram embora.
Um condomínio será construído
Onde ela está agora.
Seria mais humano
Transplantar em outro lugar.
Mas ela não é gente, é vegetal.
Duros golpes nas costas sentiu.
Não resistiu a era do metal.
Novos moradores vieram,
E reclamavam: que calor!
Se soubessem e dessem valor
Aquela figueira da década anterior.
Rodrigo Feio Dias |
Rodrigo Feio Dias nasceu em Porto Alegre no ano 1976. Formado em Sistemas de Informação e pós-graduado em Governança de TI. Atua como desenvolvedor sênior de sistemas e escreve poesias e narrativas curtas. É Acadêmico da Academia de Letras do Brasil Seccional Rio Grande do Sul ALB-RS, cadeira 134 Acadêmico Efetivo da Academia Literária ALPAS 21, cadeira 115.
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