A MÚSICA SEGUNDO O FILÓSOFO

 

Djavan - A Voz, O Violão, A Música de Djavan


O ano era 1976. Ainda na efervescente década de 70, surge de Alagoas, um cantor e compositor que veio tentar a sorte no Rio de Janeiro. Com a ajuda do locutor esportivo, Edson Mauro, seu amigo dos tempos de Alagoas, foi apresentado a Adelson Alves, outro famoso locutor de rádio e produtor de Clara Nunes, Beth Carvalho e João Nogueira e que lhe indicou a João Araújo, na época, presidente da Som Livre. O resto é história.

Falando sobre o álbum de estreia do artista, já é um cartão de visitas do que seria a sua carreira. Esse primeiro trabalho conta com dois sucessos atemporais do compositor: Flor de Lis e Fato Consumado. Duas músicas reverenciadas e lembradas pelo público até os dias atuais.

Produzido por Aloysio de Oliveira, o mesmo que foi parceiro de Tom Jobim e Carmen Miranda e fundador do selo Elenco. O álbum é um dos melhores discos de estreia que um artista pode ter. Mas representa uma frustração para o compositor alagoano. De 60 músicas apresentadas pelo artista ao produtor Aloysio de Oliveira, 12 foram selecionadas, sendo oito sambas. E é um disco de samba sacudido, sincopado e diferente. Assim, Djavan era fixado em só gênero e suas experimentações outras deixadas de lado.

O destaque são as melodias primorosas, a sonoridade musical de suas letras, o violão diferenciado de Djavan e a interação entre voz e violão. E é notável a qualidade das composições, explorando do samba ao baião, uma sonoridade bem brasileira.


PARA ESCUTAR O ÁLBUM COMPLETO:


Daniel Filósofo 

Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista Também escreve suas crônicas dominicais na coluna do Daniel Filósofo.

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