Até Quando Esperar Pra Ter Proteção?
A inspiração pra tal texto veio enquanto lia um capítulo sobre rock nacional de um livro interessantíssimo que é uma tremenda enciclopédia musical chamada “Curtindo Música Brasileira”e lançada em 2013 pela editora gaúcha “BelasLetras”. Talvez eu fale a respeito em outra ocasião...
“Plebe Rude” é uma banda de punk rock inspirada no “The Clash” formada em “Brasília” e em 1981. Inicialmente, fazia covers e usavam o nome de “Clash City Rockers”. Fizeram parte e um grupo de jovens estudantes da “Universidade de Brasília” conhecido por “Turma da Colina” e de onde também surgiram outras bandas como “Aborto Elétrico”, “Blitx 64”, “Metralhas”, etc.
No ano seguinte, fez um show em “Minas Gerais” com abertura da recém-formada “Legião Urbana” e ambas as bandas foram presas por causa de uma música que cada uma tocou, mas foram libertadas depois. Lembrando que a “Ditadura Militar” ainda não havia terminado e rolava censura sobre músicas com letras contestadoras.
Mesmo se tornando notória em diversas danceterias e o 1º contato entre a banda e os “Paralamas do Sucesso” tenha sido tenso quando teve uma de suas apresentações no famigerado espaço “Circo Voador”, o “paralama-vocalista” “Herbert Vianna” apadrinhou, produziu e participou de uma das faixas do 1º disco dos “plebeus” lançado em 1986 pela gravadora “EMI”, chamado “O Concreto Já Rachou”. É desse “mini-LP” que saíram 2 de suas canções mais contundentes e das quais muita gente (inclusive, eu) conheceu: “Até Quando Esperar?” e “Proteção”. Agora ficou evidente o título do artigo, né?!
Até Quando Esperar?
Alcançou o sucesso com seu som punk repleto de críticas políticas e sociais, mas acabou separando-se em 1994, justo no mesmo ano em que o vocalista/fundador “Philippe Seabra” foi morar em “Nova York” e acabou criando o grupo “Daybreak Gentlemen”. Essa pausa durou até 1999, quando os integrantes originais reuniram-se. Mas a partir de 2003, a formação passou por várias mudanças
Integrantes: Philippe Seabra (vocais e guitarra), Clemente Nascimento (vocais e guitarra), André X (vocais e baixo) e Marcelo Capucci (bateria)
Ex-integrantes: Jander “Ameba” Bilaphra (vocais e guitarra), Gutje (bateria) e Txotxa (bateria)
Discografia: O Concreto Já Rachou (1986), Nunca Fomos Tão Brasileiros (1987), Plebe Rude (1988), Mais Raiva do Que Medo (1993), R ao Contrário (2006), Nação Daltônica (2014), Evolução- Volume 1 (2019) e Evolução- Volume 2 (2021)
Posso nunca ter sido parte de uma banda de rock e muito menos de punk, mas lembro com certa nostalgia de quando escutava o som da “Plebe Rude” eventualmente no programa “Boys Don’t Cry” do “Mauro Borba” que sempre passava nas tardes de sábado da “Pop Rock FM” (que virou a “Mix FM RS”). Aquele mesmo programa com um slogan que o apresentador vivia repetindo e eu nunca me cansava de ouvir: “O programa do tempo em que você era feliz e não sabia”.
Proteção
Anderson ANDF |
Anderson ANDF é ilustrador, fanzineiro e nerd de carteirinha. Já lançou fanzines, quadrinhos e é um grande rockeiro!
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