Black Sabbath Vol. 4 - 50 anos
Um clássico do Rock Roll está completando 50 anos em 2022. Falo exatamente do Volume Quatro do Black Sabbath. Como diz o nome do disco, é o quarto álbum da banda inglesa.
O álbum anterior, Master Reality, foi o apogeu e definição do som da banda. O quarteto estava coesa, numa fase criativa efervescente e com muita lenha pra queimar. Por falar em queimar, a banda gravou o álbum sob forte efeito de drogas e rendeu algumas histórias pitorescas no período de gravação. Uma delas, terem pintado Bill Ward em todo seu corpo e o batera passar muito mal e ter que levá-lo ao médico. Outra foi o Ozzy ter sentado por acidente na sirene de emergência em que aciona a policia. Como estavam cheios de cocaína na casa, tiveram que jogar na privada e dar descarga.
Em Maio de 1972, eles entram novamente no estúdio da Record Plant, em Los Angeles, onde já tinham gravado o Master Reality. A própria banda estava produzindo o disco, com uma participação mínima de seu empresário Patrick Meehan.
Novamente falando sobre erva daninha o uso excessivo de cocaína, inspirou na composição. Snowblind é um exemplo disso. A música é uma referência a cocaína e alguns entorpecentes, a banda sugeriu que Snowblind fosse o nome do álbum, mas foi vetado pela gravadora, que preferiu simplificar para Volume 4.
Os anos 70 eram anos de experimentações. E com o Sabbath não foi diferente. A sonoridade da banda estava mais madura. E isso comprovou em duas músicas que foram o marco zero de duas vertentes do metal que surgiram tempos depois. Under Sun que é um Stoner Rock purinho e fecha o disco com chave de ouro e Cornucopia é o principio do que entendemos de Doom metal. Musica bem arrastada, pesada, uma das mais pesadas da banda, Bill Ward não curtia a canção. O batera teve dificuldades em gravar a música, não estava em condições de gravar e temeu ser demitido por criticar a faixa.
Não poderia faltar algumas faixas instrumentais. Laguna Sunrise, St. Vitus dance e Fx. As três são interlúdios entre as outras faixas e feitas de forma desproposital, vide Fx que foi o efeito da batida cruz usada por Tony Iommi na guitarra.
Em menos de um mês, Volume 4 alcançou o status de ouro e atingiu a marca de um milhão de cópias nos Estados Unidos e atingiu as posições 8 e 13 na tabela da Billboard e na tabelas de vendas britânicas. O álbum entrou para história do Rock em geral, fincou de vez o nome do Black Sabbath como uma grande banda. Depois desse disco, a banda ainda seguiu produzindo petardos e deram um passo a frente.
Daniel Filósofo |
Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista Também escreve suas crônicas dominicais na coluna do Daniel Filósofo.
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