DIRETO AO PONTO GG

125 BILHÕES GASTOS EM DESASTRES EM 20 ANOS

Está mais atual do que nunca, a máxima que atesta ‘ o brasileiro só fecha a porta quando o ladrão já está dentro de casa ‘, ou seja, ele só busca uma solução quando o problema já se instalou, aconteceu.

Os estragos, as tragédias, as lamentosidades advindas das enchentes é um fato assim. As pessoas querem morar nas áreas mais belas, mais próximas do trabalho, com melhor estrutura. Tudo isso sem analisar, sem visualizar, sem se antenar onde está pisando e onde vai deitar seu esforço, seu capital, seu sono e sua família. 

Ex. A última enchente foi em 1899, nunca mais houve outra. Por que vou me preocupar?

Os órgãos oficiais, que são responsáveis pela fiscalização da ocupação e preservação do solo, emitem alvarás sem a preocupatividade e sem o responsabilizamento que lhe são inerentes. Existem casas e edifícios em locais que o Diabo se regozija quando vê. Os proprietários se tornam alvos e vítimas contumazes. Fica assim: impossível que não dê errado, nalguma das circulares terrenas ao Sol. Mais ou menos como a fatidicosa Lei de Murphy.

É preciso que os governos invistam pesado. Resguardem os leitos dos rios, afastando as casas. Proíbam, na fonte, a construção de casas em zonas proibidas. Construam galerias responsáveis nas ruas e avenidas. Saibam conter o crescimento desordenado e desastroso das cidades, principalmente, capitais. Com 120 bilhões, seria possível crescer com ordenamento, infraestrutura e maior tranquilidade para as pessoas, de um modo geral.

Qualquer capital brasileira se desenvolveu numa linha reta de crescimento. As capitais já eram como são hoje, em 1980, e tinham metade da atual população. A população brasileira dobrou em 50 anos. Como imaginar que as mesmas ruas e avenidas e galerias e calçadas darão conta de um contingente que dobrou de tamanho, aumentando demais ? 

As cidades deverão apresentar corredores fiéis para o desaguamento. Apresentar lagos artificiais para recebimento das águas pluviométricas. É preciso a estancação desse estresse e prejuízos para o povo, um espetáculo realmente macabro.

Ocorre uma linha de pensamento, na qual, os governantes preferem a desgraça, a tragédia, para terem a condição de agir em favor dos atingidos nas catástrofes. Deve ter um pé de verdade, pois, sabidamente, percebe que pessoas auto suficientes não buscam o poder público, aliás, querem distanciamento.

Os políticos já tem essa linha e não mexerão nisso, a não ser que sejam obrigados pela opinião pública.

Se o número de torcedores de um time, que vai semanalmente ao estádio, torcer pelo seu time de futebol, cobrasse das autoridades com a mesma veemência que torce, com o mesmo grau de comparecimento, estes problemas seriam bem menores.

Porém, vivemos de feriados, de férias, de futebol, de carnaval, de festivais. Os cidadãos não se preocupam de melhorar a vida. Preferem viver numa corda bamba. E que se dane os bilhões. 

Não me perturbe! - ouve-se por aí.

Deixa rolar! - diz outro.

Quero que exploda… - fala a moça.


G. G. Carsan 

G. G. Carsan é cidadão do mundo, gosta de caminhadas na natureza, tocar violão nas horas de folga, passar horas na internet papeando com os amigos, escrever editoriais e matérias nos seus grupos e páginas, preparar novos livros e poesias, manter os storys atualizados, viajante internauta pelas imagens e mapas... é um escritor brasileiro cujo principal lema de vida é valorizar a justiça, a honra e o caráter; escreve histórias reais e ficções e tem dez produções lançadas entre livros físicos e e-books (o último:A Força Está em Mim ). É um colecionador, divulgador e historiador do personagem de quadrinhos TEX, com uma dúzia de exposições em eventos pelo Brasil, quatro livros publicados, páginas e grupos na internet desde 2002, cinco temporadas no canal do youtube "Tex Show", uma dúzia lives na página Texianos Live Show e foi o primeiro cosplay do personagem no Brasil.


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