ARTE E CULTURA

HENRIQUE REIS, UMBÚNTU:

EU SOU PORQUE NÓS SOMOS

Eu sou de Alvorada, cidade da região metropolitana de Porto Alegre e com muita alegria fiquei sabendo do lançamento do documentário Umbúntu: eu sou porque nós somos, de Henrique Reis, filho da lenda viva dos fanzines Denilson Reis. O documentário fala sobre o lindo trabalho realizado pelo grupo cultural Coletivo Umbúntu, que é um trabalho mais que urgente e que serve para refletirmos sobre o nosso papel social/cultural em nossas comunidades.

Henrique realizou seu trabalho com a paixão de um iniciante e a desenvoltura de um veterano, mostrando que a arte, a cultura e a educação são a solução para nossa cidade natal, uma cidade que sofre muitas vezes com o preconceito e o estigma que nela colocaram. Mas uma cidade que tem  a alegria de ter o Coletivo Umbúntu, Denilson Reis, Paulo Kobielski e é claro, Henrique Reis.

Nós do Arte e Cultura fomos falar com ele, confira a entrevista e assistam o documentário.

HENRIQUE REIS


JORGINHO: Quem é o Henrique Reis?

HENRIQUE REIS: Sou fotógrafo, diretor de fotografia, cineasta independente, músico e estudante de Ciências Sociais. Tenho muita paixão por cultura e arte em toda sua pluralidade. Nas minhas produções, sempre busco discutir questões sociais, políticas e até mesmo questões subjetivas do ser humano e da sociedade.

JORGINHO: Como surgiu a sua paixão por cinema ? Quais as suas maiores referências?

HENRIQUE REIS: Minha paixão por cinema começou desde cedo ao assistir filmes em DVD’s, etc., mas especialmente após assistir o filme Donnie Darko (2001) e não entender absolutamente nada do filme e ainda assim ter gostado e me sentido impactado por ele. Como na época não havia “entendido” o filme, procurei na internet vídeos que falassem sobre o mesmo e, nesse processo, acabei descobrindo canais do YouTube que analisam cinema explicando a linguagem cinematográfica. Fiquei encantado com o cinema ainda mais. Em paralelo, na escola, também resolvi produzir curta-metragem com alguns colegas sobre Bullying, para uma disciplina de história se não me engano, e essa prática (apesar de bem amadora) me fez descobrir o gosto por fazer cinema e me motivou a entrar nessa caminhada do audiovisual. São muitas referências, e acredito que dependendo da nossa fase da vida, do que estamos vivenciando e consumindo, elas podem mudar. Não consigo colocar em uma ordem as maiores referências para mim, cada trabalho que faço me inspiro em várias e dependendo do trabalho, exige pesquisar novas referências. Mas atualmente gostaria de recomendar uma série brasileira, chamada Cangaço Novo, vale a pena conferir. 

JORGINHO: O que Alvorada significa para você?

HENRIQUE REIS: Alvorada é a cidade em que cresci e ainda moro aqui até hoje, nos meus 25 anos de vida. E apesar de todo o estigma que ela possui que acaba refletindo nas pessoas que moram aqui, sendo muitas vezes mal vistas ou alvo de estereótipos por parte de outras pessoa de fora da cidade. Alvorada é uma cidade que respira cultura e arte para todos os gostos. É uma cidade que, apesar de periférica e com suas contradições, há muita produção cultural feita pela população, com artistas talentosos. E repleta de pessoas com muito espírito de solidariedade que querem transformar a cidade e seus espaços com muita cultura, trabalho social e político de base. E o documentário visa também mostrar mais esse lado, que há muita resistência aqui também.

JORGINHO: Como surgiu a ideia do documentário “Umbúntu: eu sou porque nós somos?”

HENRIQUE REIS: A ideia surgiu há muito tempo. Desde que conheço e acompanho o trabalho do Coletivo Umbúntu eu tenho essa ideia de realizar um documentário sobre eles, principalmente por todo o trabalho de base que eles fazem dentro da comunidade do bairro Umbu, aqui em Alvorada. Então a ideia era mostrar um pouco desse processo, a história do Coletivo Umbúntu e todo seu trabalho cultural e socioambiental também.

JORGINHO: Como a comunidade local reagiu ao documentário?

HENRIQUE REIS: A recepção tem sido muito positiva. A Umbúntu gostou bastante do documentário e já estamos organizando uma exibição pública e gratuita, aberta para toda a comunidade. 


JORGINHO: Que medidas você acha que as autoridades locais deveriam ter para ajudar no desenvolvimento da região?

HENRIQUE REIS: Acredito que um bom ponto de partida seria em relação à questão ambiental que é bastante abordada no documentário. Acabar com o descarte de lixo indevido que acontece na comunidade e também seguir o exemplo da Umbúntu e ajudar no processo de reflorestamento das áreas degradadas. Mas é necessário também a implementação de política públicas voltadas para atender a região. 

JORGINHO: Quais os seus próximos projetos? 

HENRIQUE REIS: Ainda não tenho nada definido, mas planejo produzir mais um documentário e um curta-metragem de ficção. 

JORGINHO: Deixe o seu recado para o leitor do Arte e Cultura

HENRIQUE REIS: Gostaria de agradecer a todos/as/es que dedicaram um tempo para ler essa matéria e a assistir o documentário. O filme foi produzido de forma coletiva e aborda diversas questões, tão necessárias atualmente. Acredito que a arte e a cultura é uma ferramenta de resistência poderosa e que, através dela, podemos transformar a realidade. 


ASSISTA AQUI AO DOCUMENTÁRIO 
UMBÚNTU: 
EU SOU PORQUE NÓS SOMOS

Para seguir Henrique Reis

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Para seguir o Coletivo Umbúntu:

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"Alvorada é uma cidade que respira cultura e arte para todos os gostos. É uma cidade que, apesar de periférica e com suas contradições, há muita produção cultural feita pela população, com artistas talentosos. E repleta de pessoas com muito espírito de solidariedade que querem transformar a cidade e seus espaços com muita cultura, trabalho social e político de base."
- Henrique Reis


Jorginho

Jorginho é Pedagogo, Filósofo, graduando em Artes, com pós graduação em Artes na Educação Infantil, ilustrador com trabalhos publicados no Brasil e exterior, é agitador cultural, um dos membros fundadores do ColetiveArts, editor do site Coletive em Movimento, produtor do podcast Coletive Som - A voz da arte, já foi curador de exposições físicas e virtuais, organizou eventos geeks/nerds, é apaixonado por quadrinhos, literatura, rock n' rol e cinema. É ativista pela Doação de Órgãos e luta contra a Alienação Parental.

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

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