UM POUCO DE HISTÓRIA

 O Crítico

Em Gravataí/RS existe no centro, na frente do hospital, do outro lado da rua, numa praça outrora mais arborizada, uma construção futurista, um projeto nada convencional criado na década de 1970 com dinheiro público e entregue para instalação de um bar (coisas do prefeito da época). Somente na primeira década do século XXI, a prefeita Rita Sanco, depois de uma batalha judicia iniciada no governo Daniel Bordignon, resgatou aquele espaço público e transformou no que é hoje: o Quiosque da Cultura. Pela sua arquitetura ousada mais parecendo um disco voador, algo do outro mundo, talvez um presente do Ets, local de exposições que prefiro chamar de Disco Voador da Cultura, onde tive o privilégio de expor, junto com a minha esposa, que ganhou o primeiro lugar no Prêmio Dana de 2024, com Gravataí: Fotografe Antes Que Acabe.

Na noite de abertura da exposição, coquitelzinho, música e a presença de amigos, uma pessoa me chamou a atenção: um homem com um copo de plástico descartável numa mão e um prato, também de plástico descartável, cheio de salgadinhos, na outra, olhava atentamente para as fotos e as maquetes, andando por entre os convidados e os painéis, seu olhar atento às obras, concentrado em perceber os mínimos detalhes, um olhar prospectivo, parecendo-me ser um crítico. Lembro de comentar com a funcionária do local sobre aquele homem calado e de olhar arguto se ela o conhecia.

  - Ele vem a todas as aberturas de exposição que fazemos. Não conversa com ninguém, fica atento às obras e aos canapés e depois vai embora.

De fato, naquele dia, ou melhor, naquela noite, não foi diferente. Entretanto, na saída, ao agradecer a sua visita, comentou-me que a exposição faria sucesso. Sorri satisfeito, pensando talvez seja um ótimo prenuncio vindo não de um crítico mas de um profeta. Não sei se foi por isto, mas a exposição ganhou o prêmio de a mais visitada naquela edição do Prêmio Dana.

Hoje, quando prestígio as aberturas das exposições de amigos, apreciando além das obras os quitutes, encontro ele lá, com o seu olhar penetrante e mastigando alguma iguaria gentilmente oferecidas pelo anfitrião. Nunca conversamos, mas sei que sua presença torna o evento “chique”, afinal é um “crítico” que, se na saída falar baixinho, perto do ouvido do artista, que a exposição será um sucesso, ganha ares de profeta.




NESTOR OURIQUE MEDEIROS


"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

COLETIVEARTS 07 ANOS DE VIDA,
ESPALHANDO ARTE E
CULTURA!
O COLETIVE ESTÁ SEMPRE
EM BUSCA DO SUCESSO!


SIGA-NOS EM NOSSAS REDES SOCIAIS:
Facebook: AQUI Instagram: AQUI YouTube: AQUI Twitter: AQUI
Sempre algo interessante
para contar!

Postar um comentário

1 Comentários

  1. Oi, Nestor, sou a Isab. Agora fiquei curiosa, na próxima exposição ficarei atenta p conhecer o ilustre convidado. Bjuuuu

    ResponderExcluir