Jards Macalé - Jards Macalé
Jards macalé ou Macal, como Caetano gritou em uma música no disco Transa, em que Macalé tocou, é um maldito no bom sentido da palavra. Daqueles artistas em que não se vendeu para a indústria fonográfica e simplesmente o que importa é a sua arte.
Singular, fora da curva, há várias definições para o multifacetado Macalé. Violonista de mão cheia, letrista ímpar, Jards consegue imprimir em música, todo o tipo de sentimento em canção.
Pelos idos de 1972, depois de ter sido só músico de apoio, músico em ascensão, Macal tinha lançado um compacto intitulado de Só Morto, lançado em 1969, era hora de lançar seu primeiro álbum. E veio de forma maestral e visceral.
Intitulado com o próprio nome do artista, o álbum é uma mistura cheia de musicalidade e vertentes. Tinha a força do Rock, a malemolência da MPB.Nisso resultou num som cru, com muita personalidade. Com letras poéticas e altamente politizadas, mostra o porquê de jards ser diferenciado. Gravado às pressas, o trabalho é totalmente anticomercial. Ao lado de feras como, Lanny Gordin (violão e baixo) e Tuti Moreno (bateria)o disco tem alguns clássicos como Vapor barato, farinha do desprezo e farrapo humano, dentre outras músicas de alto calibre.
Por ser um disco ousado, não teve uma aceitação popular e passou batido pela crítica. Com pouca vendagem, foi retirado de catalogo e anos depois virou cult e reverenciado pelo público e mídia especializada. No ano seguinte, Macalé reuniu uma verdadeira seleção e gravou o álbum Banquete dos mendigos,trabalho em celebração aos 25 anos da declaração dos direitos humanos.Lançado em 1973, foi censurado e só foi liberado em 79.
Para escutar Jards Macalé Farinha do Desprezo:
Daniel FilósofoCOLETIVE INCOMODA...
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| Sempre algo interessante para contar! |
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