O quanto alguém pode ser feliz


Subtítulo: isso deveria ser um poema, mas eu não sei escrever poemas. Me perdoe como perdoas um ladrão.

Parágrafo 1: qual o limite do ser humano? Tempos atrás, não podíamos nos comunicar a distância. Tão pouco podemos nos comunicar a pouca distância hoje. 2018. O ano em que faremos contato? A última sonda que mandamos ao espaço que tenho notícias estava deixando o sistema solar. Algumas décadas para este feito. Quantas décadas para você deixar de fumar? Deixar de beber? Aprender a amar? Aprender a perder? Aprender a deixar de ganhar? Aprender a não ter a razão? Aprender a perdoar? Para quem você já deu o perdão?

Parágrafo 2: quem não sabe mentir? Essa comida está horrível. Meu pai que fez. Minha mãe que fez. Eles me amam. Eles se doam a mim. Eles me batem. Eles me surram. Eles me fazem sangrar? Eles me amam? Eu me doo a eles. Eu bato neles. Eu surro eles. Eu faço eles sangrar. Nós choramos.

Parágrafo 3: quem não sabe sentir? Alguém é capaz de não amar? Alguém é capaz de não sofrer? Uma memória esquecida. Outra. Mil memórias esquecidas. Será que conseguimos esquecer um milhão de memórias? E as memórias de sofrimento e de não amores? Podemos esquecer? Podemos esquecer o que não vivemos? Podemos esquecer o que queremos viver?

Parágrafo 4: todo ser instruído sabe que uma história tem 3 atos: início meio e fim. Mas que uma ópera tem 4 atos na maioria das vezes. Não quero parecer um ser absoluto. Ninguém é. Mas afim da resolução e entendimento desse texto, o conhecimento amplo é importante. O quarto ato em questão é o desespero. Sim. Início, meio e fim, e o desespero. Aqui, quero propor a felicidade. Qual a última vez que foste feliz? Realmente feliz?

O quanto você pode ser feliz?

Não tenha medo

Seja.

Texto: André Palma Moraes
Arte: Jorginho                      

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