A Música Segundo o Filósofo

 Cristina Buarque

Cristina Buarque de Hollanda. De sobrenome conhecido pelo Brasil, pelo fato de ser filha do grande escritor Sérgio Buarque e do popularíssimo e seu fraterno irmão, Chico Buarque, Cristina é daquelas cantoras que estão escondidas num baú e só são descobertas com muita procura. Mas quando se abre esse baú, se descobre uma preciosidade e lhe  causa boa surpresa.

Com uma voz doce, baixa e quase angelical, Cristina tornou-se uma porta voz de bons sambas e alguns desconhecidos do grande público. Pesquisadora dedicada do estilo deu voz a compositores antigos. Alguns chegou a frequentar a casa e criou-se uma amizade. Alguns da velha   guarda da Portela.

Vale destacar dois álbuns da cantora. O primeiro é o lançado em 1974 intitulado de Cristina. Depois ter participado do disco de Paulo Vanzolini e ter cantado com o irmão Chico Buarque na música sem Fantasia, Cristina inicia bem a sua carreira musical. O disco tem composições de Cartola, Chico, Dona Ivone Lara, Nelson cavaquinho e Manacéa, que, aliás, Quantas lágrimas, musica que abre o álbum, tornou-se seu maior sucesso e jogou luz no compositor da velha guarda da Portela. 

Em 1976, lança o álbum Prato e Faca, produzido por Fernando Faro, aqui novamente Cristina valoriza sambistas esquecidos ou ainda não conhecidos pelo grande público. Novamente o álbum inicia com uma música de Manacéa. Sempre sue amor é o nome da canção, com a marca do bom compositor. Aliás, ele e Monarco, participam da canção.

Destaquei esses dois primeiros álbuns, mas a Cristina seguiu firme em sua carreira musical, tanto em seus outros discos e participando de inúmeros projetos. Merece toda reverência e reconhecimento, por sua bela voz e dedicação a preservar a memória do samba. Mais um nome  de talento na família Buarque de Holanda.


Para escutar o álbum Cristina de 1974:


Para escutar Pato e faca, álbum de 1976:


Daniel Filósofo 


Daniel Filósofo é cronista, jornalista, profundo conhecedor de rock'n'roll, torcedor do Fluminense e radialista Também escreve suas crônicas dominicais na coluna do Daniel Filósofo.

 CINCO ANOS DE COLETIVEARTS,
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