A licantropia é uma condição assustadora que assola principalmente homens mundo afora. Basicamente uma maldição em que a cada 29 dias o portador se transforma em um lobo. Mais precisamente se transforma em um lobisomem. Um ser que tem todas as características de um lobo, porém torna-se bípede, com proporções humanas e uma certa raiva incondicional. Acredita-se que o lobisomem só ataca seres humanos dentro deste período irracional. Conferindo lógica a questão ao não atacar seus semelhantes canídeos. Quiçá, todos os quadrúpedes.
Sendo uma condição irreversível, podemos imaginar a rotina mensal de uma pessoa afetada pela licantropia, não é mesmo? Tendo que se preparar para sumir do convívio social em certa data. Além, é claro, de nunca poder apreciar uma bela lua cheia de verão às margens do Sena. Fora o convívio mensal com a dor extrema, a loucura e o desconforto geral. Apesar disso tudo, não deixa de ser intrigante o fascínio humano sobre estes seres incomuns. Ou melhor, essa condição incomum.
Temos como maior exemplo registrado, o caso de Remus John Lupin. Um professor que teve licantropia imposta a sua existência em razão de um desafeto de seu pai. Tendo registros de toda sua vida (da infância até a vida adulta) e seu modus operandi em diversas situações na vida do mundo moderno.
Após o conhecimento adquirido neste breve texto instrutivo sobre os, do popular, lupinos, devemos pensar na seguinte questão: qual maldição carregamos e como fazemos para lidar com ela? Ela afeta os nossos semelhantes ao redor? Como proceder?
Pensem nisso e até a próxima.
Texto: André Palma Moraes
Arte: Jorginho
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