DANIEL FILÓSOFO

    

UM DIA DE DOMINGO

Rio de Janeiro, domingo, oito horas da manhã. O sol brilha intensamente pela janela, é hora de acordar. A mulher e as crianças ainda na cama vou à padaria em busca daquele pão quentinho e apetitoso que só tem na padaria do seu Joaquim, português radicado aqui no bairro há uns sessenta anos. O galego, vascaíno apaixonado pelo seu time e com um cigarro na mão, me avista da bancada dando uma olhada nos jornais pendurados na banca de jornal, e já com o seu sotaque carregado, me provoca dizendo que seu time vai ser campeão.

Depois de fazer o desjejum, volto à rua pra outra prática comum em quase toda pessoa
que é casada no subúrbio: Fazer a feira. Minha mulher, já acostumada e me conhecendo a longos anos, manda comprar um frango assado no bar mais tradicional do bairro, O Rex.

O Rex tem o melhor frango assado do bairro e é ponto de encontro dos maridos que são mandados comprarem o frango pro almoço de 
Domingo. As mulheres já estão acostumadas com o atraso de seus maridos, pois esses encontros sucedem sempre regados a várias cervejas e algumas doses de alguns destilados.E claro a conversas dignas de encontros da ABL.

Presidente, residente mais antigo do bar, começa os assuntos. Com o copo de batida na mão e na outra segurando um pedaço de frango, abre aquele sorriso que só ele tem e fala se viu a última noticia vindo de Brasília. ”O salário mínimo do aposentado vai melhorar”. E começa a primeira resenha entre a rapaziada.

Depois de longos debates sobre vários assuntos do cotidiano, todos vão levar almoçar
com suas respectivas famílias.
 



 

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