ARTE E CULTURA

 

LEONEL: O MUSICAL


Leonel de Moura Brizola, nome que soa forte como o vento Minuano e que, quando falado, parece com uma poesia declamada por Jaime Caetano Braun, que traz a nostalgia do passado  e a esperança de um futuro melhor. 

Meus pais e avós maternos eram "brizolistas", eu estudei em uma Unidade de Ensino Municipal (UEM), unidades essas que eram da primeira a quarta série do Ensino Fundamental, criadas pelo  Brizola quando fora governador, para ajudar a suprir a carência da educação gaúcha.  Fui criado na periférica e muito pobre Alvorada/RS, a minha UEM era chamada Coronel Aparício Borges, pavilhão de madeira  verde oliva. As outras UEM que eu conheci se revezavam entre o verde oliva e e a cor bordô. Minhas professoras adoravam o Brizola, e por toda essa soma de acontecimentos, virei "brizolista".

Quando aconteceu a primeira eleição presidencial, depois de todo aquele tempo de trevas hediondas pelo qual o país passou, sofri junto com meus pais e com os vizinhos a derrota daquele que seria o maior presidente que esta nação teria visto. Imagino se ele tivesse vencido e implantado tudo que desejava para alavancar a educação, seríamos hoje certamente uma nação muito melhor, provavelmente não estaríamos assistindo à apologias nazistas em rede nacional  e nem teríamos eleito um "energúmeno" para a cadeira presidencial.

Este ano comemoramos o centenário de Brizola, e a esperança para um futuro melhor existe porque seu pensamento está vivo, as suas lutas sempre foram as mais justas, as mais dignas que poderiam ser travadas. Brizola vive no coração e nas mentes de todos aqueles que acreditam que a educação é a solução para o Brasil.

Conversando com o grande Eduardo Severino, ele  falou-me que estava trabalhando na direção dos movimentos cênicos do musical  Leonel, que homenageia o último caudilho. Com muita felicidade, a Roberta Amaral me contou sobre esse lindo projeto que estará acontecendo este final de semana em Porto Alegre e me pôs em contato com alguma das pessoas responsáveis, para que o Arte e Cultura pudesse realizar essa matéria.


O Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa será palco das comemorações dos 100 anos de Leonel Brizola. Com realização da Fundação Caminho da Soberania, o espetáculo LEONEL acontece entre 11 e 13 de fevereiro, dentro da programação do Porto Verão Alegre. Nos dias 11 e 12 (sexta e sábado), a montagem ocorre às 21h, e, no dia 13 (domingo), às 20h:

A peça é dividida em três fases:

 I Ato é a parte do Rio Grande do Sul;
Entreato é a parte do exílio;
 II Ato é o retorno ao Brasil.


O ator Paulo Roberto Farias foi convidado para interpretar Leonel Brizola desde o nascimento em Cruzinha, localidade de Carazinho, em 1922, até o início daquele que seria o mais longo exílio brasileiro. Lisandro Pires assume o papel a partir do momento da lida de Brizola com o campo, no Uruguai, e o retorno ao Brasil, até o ponto em que ele entende que a sua participação na vida brasileira deve ser apenas contribuir com o melhor de sua capacidade, pós as disputas eleitorais. Além de direção, Caco Coelho entra na terceira fase, quando o ex-governador vive uma das maiores dores de sua vida: a morte de Neusa Brizola, interpretada pela atriz Marina Mendo. A trama é conduzida pela corifeia, a cantora e atriz Camila Falcão.

“Vamos contar a história do gurizinho que escolheu o seu próprio nome: LEONEL. São os bastidores humanos da trajetória de um homem que, nascido em uma casa de chão batido e teto de zinco, se torna o único brasileiro eleito governador por dois Estados. O ser humano que estava por trás daqueles que foram os maiores movimentos cívicos da nossa história”, explica Caco. A narrativa histórica será acompanhada de um vídeo mapping com imagens e entrevistas históricas, como o Roda Viva.

O espetáculo tem a supervisão da atriz Vera Holtz, direção de movimento de Eduardo Severino, participação ao vivo de Pirisca Grecco (autor da trilha do documentário Tempos de Luta), e Duca Duarte, luz de Guto Greca, preparação vocal de Ligia Motta, figurino de Mari Collovini (figurinista do filme Legalidade), produção de Viviane Lencina e videomapping de Jana Castoldi. A atriz Fernanda Carvalho Leite e o pianista João Maldonado farão participações especiais.

O lado humano de Brizola por Caco Coelho

“Tive a emoção de participar desta caminhada. Não apenas eu na minha família; minha avó, vim a saber há poucos anos, foi quem desenvolveu o plano educacional que foi implementado nas mais de seis mil escolas que Leonel construiu no Rio Grande Sul. Meu pai era médico da família e acabou preso na casa de Brizola, no Golpe Militar de 1964.

Eu fui trabalhar com ele no primeiro governo do Rio de Janeiro, governo dos CIEPs, do Sambódromo, das Diretas Já. Hoje, meu filho está seguindo os passos, ingressando na Juventude Socialista. ‘Quanto tempo juntos’, me disse certa vez Leonel. Ele era meu leme no modo de enxergar o ser humano na política.

O que vamos mostrar não é um documentário sobre a sua trajetória política. Isto, estará contado nos vídeos. O que nós desejamos extrair é o instante humano que estava por trás dessa enorme trajetória.”

Sobre a Fundação Caminho da Soberania

Presidida por Carlos Eduardo Vieira da Cunha, a Fundação Caminho da Soberania tem como objetivo a promoção daqueles que dedicaram as suas vidas à consolidação da soberania brasileira, patrimônio indissociável da construção de um país democrático. É iniciativa desta Fundação a estátua de Leonel de Moura Brizola, colocada ao lado do Palácio Piratini. A figura de João Marques Goulart receberá igual homenagem.

FICHA TÉCNICA

Direção geral e roteiro: Caco Coelho
Supervisão: Vera Holtz
Direção de movimento: Eduardo Severino
Elenco: Caco Coelho, Camila Falcão, Duca Duarte, Eduardo
Severino, Fernanda Carvalho Leite, Lisandro Pires, Marina Mendo,
Paulo Roberto Farias, Pirisca Grecco e Grupo dos Onze (Gabriel
Coelho, Gabriela Ortiz, Lucas dos Santos, Luciano Zini, Felipe
Briance e Mikelly de Souza)
Música: Pirisca Grecco
Trilha: Duca Duarte
Figurino: Mari Collovini
Vídeo mapping: Jana Castoldi
Iluminação: Guto Greca
Participação especial: João Maldonado
Preparação de voz: Ligia Motta
Cabeleireiro: Regis Verreti
Pesquisa e co-roteiro: William Keffer
Assistente de direção e pesquisa: Gabriel Testa Coelho
Técnico de som: Alexandre Scherer
Assessoria de Imprensa e Redes Sociais: Roberta Amaral

Realização:
Ciclo de Ideias
Fundação Caminho da Soberania

Apoio:
Barber Shop
Cubo Play
UM Bar & Cozinha
Porto Verão Alegre

INGRESSOS
Site do Porto Verão Alegre:

Conversando sobre LEONEL


EDUARDO SEVERINO


JORGINHO:  Como foi dirigir os movimentos de um espetáculo musical retratando a vida de um dos maiores ícones da política brasileira?

EDUARDO SEVERINO: O grande barato e o desafio é colocar o movimento nos momentos que o roteiro e o texto pedem, tentar dar equilíbrio para a cena, para a fala, tem que haver coerência, pensar na arquitetura do movimento, essa é a dificuldade, o menos sempre é mais e, em se tratando de Brizola, e sua história linda de vida sendo contada, numa peça teatral com muitas camadas, tentei interferir o menos possível.


JORGINHO: Apesar de Brizola ser um ícone da esquerda, tu achas que pode haver algum chato que venha criticar e não ir assistir ao musical por causa de um certo preconceito? Se sim, o que você falaria para esses chatos, Eduardo?

EDUARDO SEVERINO: Acredito que os "bolsonaristas" não irão (risos), o preconceito destas pessoas de direita fala mais alto.


JORGINHO: O que os ideais brizolistas representam para você?

EDUARDO SEVERINO: Acho que a luta pela educação, pela liberdade, pela igualdade, por uma sociedade brasileira menos desigual é o que me emociona.


JORGINHO: Quais as suas expectativas quanto às eleições deste ano?

EDUARDO SEVERINO: LULA 2022.


JORGINHO: Deixe uma mensagem para o leitor do Arte e Cultura

EDUARDO SEVERINO: A arte liberta, educa, cria senso crítico, faz você pensar com sua cabeça. É isso! 




PAULO ROBERTO FARIAS LISANDRO PIRES


Paulo Roberto Farias
Lisandro Pires


JORGINHO: Aqui há uma provocação: quem dos dois é o Leonel?

PAULO ROBERTO FARIAS: Os dois. Ou melhor, os três. Lisandro, Caco e eu vivemos Leonel em diferentes momentos da vida. Eu sou o primeiro a assumir o personagem, ainda criança em Cruzinha, depois adolescente, deputado, marido da Neusa, prefeito de Porto Alegre, governador do RS, o Brizola da Legalidade, e por fim, o Brizola que se exilou no Uruguai durante a ditadura. Depois, Lisandro assume o Leonel de meia idade, retornando do exílio, governador do RJ. E por fim, Caco, já o Leonel dos últimos anos. Uma emoção multiplicada por três.

LISANDRO PIRES: Os dois e nenhum! Melhor dizendo, vestimos a pele do Leonel a partir do que estudamos e assimilamos do seu caráter, suas ideias, convicções e principalmente suas ações. Mas fazemos isso a partir de nós mesmos. Tentando entender como a personalidade desse homem cabe em cada um de nós, como fundimos o Leonel a nós mesmos. Agora, em termos narrativos, o ator Paulo Farias se encarregou de dar vida ao Leonel na sua primeira fase, desde a sua infância até o período do exílio forçado por conta da ditadura militar. Desse período em diante, eu assumo o personagem até seu retorno e retomada das atividades políticas no Brasil. Ainda temos um terceiro Leonel representado magnificamente pelo ator e diretor Caco Coelho... então os pontos de vista são muito ricos, são múltiplos.


JORGINHO:  Como foi para vocês construir a caracterização do grande caudilho? Como foram os comentários de quem já assistiu?

PAULO ROBERTO FARIAS: Foi uma experiência intensa e muito concentrada, o processo foi bastante rápido, pouco mais de dois meses para construirmos o espetáculo. Os registros em vídeo foram bastante importantes para construir a voz do Brizola, o sotaque, o timbre, a cadência. Cada um de nós três foi também encontrando sua maneira de interpretar o Brizola. É um jogo, um pacto que assumimos frente ao público: convidamos os espectadores a imaginar que naquele momento somos o Brizola, o público aceita e o tomamos pela mão, vamos fazendo cada um o seu Brizola, que é único porque nossos corpos são únicos e irrepetíveis. O que faz com que esse jogo funcione é a qualidade desse pacto com o público, a cada apresentação. Acho também que nós três fomos nos contaminando uns com a atuação dos outros, aprendo muito vendo o Lisandro e o Caco fazendo o Brizola.

LISANDRO PIRES: O processo criativo se deu em algumas etapas, que, de fato, ainda não acabaram. Primeiro, tentei compreender essa grande figura humana e seu contexto histórico através de leituras e, principalmente, de conversas com o diretor e o elenco. Depois, a fase de observação do Leonel através de fotos, áudios e vídeos disponíveis em livros ou na internet. Terceiro, a fase de experimentação do corpo e da voz dele, numa tentativa de corporificá-lo. Por fim, a fase de contato e formalização das cenas, intenções e relações no âmbito do espetáculo. Mas essas etapas não aconteceram organizadas de maneira cronológica. De fato, elas se atravessam, acontecem simultaneamente e, a cada dia que passa, apreendo algo novo, alguma faceta do Leonel que não havia compreendido; é um processo vivo que continua até que a última apresentação da peça aconteça. Quem assiste o espetáculo geralmente sai do teatro emocionado, tocado pela trajetória do Leonel. Sem contar na grande aula de história com que a dramaturgia presenteia o espectador.


JORGINHO:  Para vocês quem foi, aliás, quem é Leonel de Moura Brizola ?

PAULO ROBERTO FARIAS: Foi sem dúvida um humanista, um político brilhante e único na história do nosso país. Um homem que lutou bravamente pela democracia e pela educação do nosso povo.

LISANDRO PIRES: Não é fácil resumir a personalidade do Brizola em poucas palavras. Mas arrisco dizer que era um homem que, através da política, tinha o desejo de melhorar a vida dos brasileiros. Como o próprio disse uma vez, “o Leonel não quer nada para si”. Está implícito aí o direcionamento de trabalhar lealmente para que o país se transformasse efetivamente numa grande potência econômica, social e independente.


JORGINHO: Frequentemente eu tenho feito essa pergunta, e não teria como não fazer para vocês também. Como vocês analisam esse momento político cultural pelo que estamos passando? Quais suas expectativas com as eleições deste ano?

PAULO ROBERTO FARIAS: Acho que estamos vivendo um dos momentos mais obscuros da história do nosso país, desde a ditadura militar. Nos últimos anos, encabeçado pelo atual presidente da república, vimos ser colocado em prática um projeto de desmonte e de deslegitimação das ciências, da educação, da saúde, da cultura em todas as áreas. Penso que as marcas nefastas dessa política ainda se farão presente nas nossas vidas a longo prazo, mesmo depois que esses políticos deixarem os cargos que assumiram. O meu desejo para esse ano é que o Lula seja eleito já no primeiro turno. Mas ficaria bastante satisfeito também se tivermos um segundo turno com Lula e Ciro, acho que os debates podem ser muito frutíferos.

LISANDRO PIRES: O momento político cultural é muito frustrante. Mesmo antes da pandemia, o quadro de perseguição aos artistas, de censura, de sucateamento das políticas públicas, que se iniciou depois do golpe que derrubou a presidenta Dilma, agora no governo Bolsonaro vem se intensificando. Desejo com todas as minhas forças e esperanças que este governo seja derrotado no dia 2 de outubro de 2022.


JORGINHO:  Como está sendo a retomada do palco após esse período nebuloso que foi a pandemia?

PAULO ROBERTO FARIAS: Esse retorno está sendo muito prazeroso, é uma delícia poder olhar novamente no olho do espectador, ver a plateia ir se enchendo aos poucos, vibrar na mesma frequência das respostas do público. É o que nos alimenta e nos fortalece, tudo se enche de sentidos e sensações nessa hora. Não tem nada no mundo que pague a experiência desse encontro.

LISANDRO PIRES:  Está sendo um prazer inenarrável, é como um abraço de mãe! Depois de 2 anos apartado da magia do fazer teatral, retomar o encontro com o público é como nascer de novo. Mas a pandemia ainda não acabou. Por isso, todos os protocolos sanitários estão sendo respeitados durante as apresentações do espetáculo Leonel.


JORGINHO: Por que o público deve ir assistir a Leonel? 

PAULO ROBERTO FARIAS: Acho que essa é uma baita oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida pública e privada de um dos maiores líderes que já tivemos, tendo ainda como pano de fundo a história do nosso estado e do nosso país. Tudo isso realizado com humor, leveza, emoção e muita dedicação por artistas entregues e ansiosos por contar essa história e por poder finalmente receber de novo o seu público.

LISANDRO PIRES:  Para os que não conhecem Leonel, vale a pena ir para acompanhar a trajetória desse grande homem brasileiro. Para os que já sabem dele, vale a pena ir para celebrar sua história, junto com uma equipe de mais de 20 artistas empenhados em representar ao vivo um momento basilar da história brasileira.


JORGINHO:  Deixem sua mensagem para o leitor do Arte e Cultura.

PAULO ROBERTO FARIAS:  Queridos leitores do Arte e Cultura, será um imenso prazer
recebê-los no teatro Dante Barone no próximo final de semana, estaremos com nossos corações e nossas portas abertas para contarmos a história do grande humanista que foi Leonel Brizola. Contamos com a presença de cada um de vocês, será uma alegria e uma honra tê-los junto conosco nesse momento tão bonito em que celebramos o centenário de Brizola. Obrigado!

LISANDRO PIRES:  A todos os leitores do Arte e Cultura, um bom espetáculo! Evoé, Brizola!



CACO COELHO


JORGINHO:  Como está sendo dirigir e roteirizar o espetáculo Leonel?

CACO COELHO: Uma experiência única. Trata-se de uma das maiores figuras da nossa história, com quem tive a oportunidade de conviver. Uma história que eu comecei a aprender quando ainda era criança e que ainda aprendo com ela. Leonel serviu como uma bússola para mim, uma inspiração que atravessou toda a minha trajetória. Percorri dois caminhos paralelos ao longo da minha vida profissional. De um lado a política e do outro a arte. Leonel é a união destes dois caminhos.


JORGINHO: O que o espectador vai encontrar no musical Leonel?

CACO COELHO: Em que pese o grande destaque que a música tem, com a trilha do Duca Duarte e a presença ao vivo do Pirisca Greco, não chega a ser um musical. Se tivéssemos mais tempo, acho que seria, tamanha é a beleza do trabalho destes dois.


JORGINHO:  O que Leonel de Moura Brizola representa para você, para a política brasileira e para o imaginário gaúcho?

CACO COELHO: Representa a luta pela autonomia do povo brasileiro, através da integralidade do ensino, do reconhecimento ao direito a um lar, da consciência do necessário fortalecimento da indústria nacional, da divisão equânime do campo.



JORGINHO:  Como foram seus momentos junto ao Brizola?

CACO COELHO: Na realidade, é uma convivência familiar. Minha avó desenvolveu o plano de ensino para aquela revolução que o Brizola fez no Rio Grande do Sul, construindo mais de seis mil escolas. Meu pai foi médico da família e acabou preso na casa deles, quando do golpe de 64. Eu o conheci no próprio Uruguai, no período do exílio. Depois, fomos, eu e meu irmão, recebê-lo em São Borja quando do seu retorno. Após esse período, fui trabalhar com ele no primeiro governo do Rio de Janeiro. Ele me disse: "Vai ficando, antes vou lhe tirar o couro". Seis meses depois, eu tinha perdido 17 quilos. Daí fui eu quem falou para ele: "Governador, acho que já dá pra tirar o couro". No dia seguinte, ele me nomeou. Aquele governo foi o do Sambódromo, dos CIEPs, da campanha pelas Diretas Já. Uma experiência muito rica, que me marca até hoje.


JORGINHO:  Como você analisa esse momento político cultural pelo que estamos passando? 

CACO COELHO: Acho que são coisas muitos distintas do que estamos falando. Estamos falando de dignidade, de ética, coisas que no Brizola eram marcas profundas e que hoje estão esquecidas, deixadas atrás da porta. Talvez, em nenhum momento da nossa história, os ideais de Brizola se façam tão necessários.


JORGINHO:  O que o Leonel diria deste (des) governo federal?

CACO COELHO: Estaria profundamente triste com todo este cinismo que se instaurou por aí. Gente cínica por toda a parte. Políticos cínicos. Vamos elevar um pouco o nível desta discussão. O Brasil é um país que está colonizado.


JORGINHO: Deixe sua mensagem para o leitor do Arte e Cultura.

CACO COELHO: Que sexta, sábado e domingo estaremos apresentando LEONEL no mesmo lugar onde o Brizola esteve pela derradeira vez em Porto Alegre. E que gostaríamos imensamente de poder comungar com este público leitor.


LEONEL

Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa
11 e 12 de fevereiro: 21h
13 de fevereiro: 20h
INGRESSOS
Site do Porto Verão Alegre:



(*) Imagens: Nilton Santolin

"A educação é o único caminho para emancipar o homem. Desenvolvimento sem educação é criação de riquezas apenas para alguns privilegiados."
- Leonel de Moura Brizola

Jorginho

Jorginho é Pedagogo, Filósofo, ilustrador com trabalhos publicados no Brasil e exterior, é agitador cultural, um dos membros fundadores do ColetiveArts, editor do site Coletive em Movimento, produtor do podcast Coletive Som - A voz da arte, já foi curador de exposições físicas e virtuais, organizou eventos geeks/nerds, é apaixonado por quadrinhos, literatura, rock n' rool e cinema.


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