O observador
Nova Iguaçu é um daqueles bairros do subúrbio que tem se tem de tudo. Comércio farto, popular, ponto de encontro entre diferentes pessoas e fácil acesso a quem vem de outras regiões. Isso torna Nova Iguaçu um lugar diferente. Tem suas peculiaridades.
Na popular passarela em formato de caracol, passa-se varias pessoas por ali. Alguns aproveitam o bom movimento e tentam ganhar um troco e vende suas iguarias. Mas tem uma figura que virou marca registrada da passarela. Eduardo, figura exótica, está ali o dia inteiro na passarela, trajando seu blazer já bem surrado e seus óculos minúsculos, cabelos até o pescoço e barba por fazer.
Eduardo se enquadra no tipo de gente que foi parar na rua, por diversos fatores que o fizeram acabar com o seu psicológico. Tinha sua casa, seu emprego e seu amor. Estava indo tudo rotineiramente bem e tranquilo. Morava com seus pais, que era seu norte. Mas devido a idade, foram morar naquele país desconhecido, onde não tem passagem de volta e ninguém voltou para dizer como é lá.O emprego,infelizmente foi demitido.Estava sofrendo algumas injustiças onde trabalhava e no fim,deram a sua demissão.O seu amor,bem,estava algo bonito de se ver e parecia que iria dar em casamento.Não mais que de repente,foi-se esfriando e o que era belo,tornou-se algo ruim de se ver.Edu ficou sem o seu par.Isso fez Edu definhar.
Eduardo de uma pessoa alegre e cheio de esperança virou uma pessoa triste e sem perspectiva de nada. Passou a quase morar na rua. Passa a maior parte do tempo, na passarela caracol em Nova Iguaçu. Fica ali observando os transeuntes, pede esmola e fala coisas sem nexo. Assim Edu vai levando a vida, esperando por algo que possa mudar ou vai seguindo a vida do jeito que está.
Daniel Filósofo |
2 Comentários
Triste realidade para muitos levados por tantos fatores, disturbios psicológicos, drogas, tantas histórias tristes.
ResponderExcluirQuando se está com o psicológico ruim, difícil ter algum controle sobre a mente e situação
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