VERSOS AO VENTO

 

Escritos na carne

Longe das casas fechadas

Tu me sondas, desenha-me

Com a língua entre os dentes,

Como aguar das plantas

E o saciar da fome.

Olha-me por lentes

Fascinantes contornos

Preso em meus sonhos,

Escritos de tatuagem fina

Em minha carne latina,

a procurar lugar para estacionar

Teus dedos e amar

Um bocado, ferver ocasião

Adentro daquele casarão,

Sentir o tempo voltar

Ereto, abocanhar

Madrugadas frias

Noites e dias.


Andréia Kmita


Andréia Kmita é natural de Campo Mourão - Paraná (25/04/1977), região Sul do Brasil, migrou com a família de ascendência italiana e ucraniana para o Norte do país. Docente na Educação Básica (Ensino Médio) na SEDUC/MT desde 1992. Graduada em "Letras"(1999/FADAF). Mestre em Literatura e Crítica Literária (2018/PUCSP). Pós-graduada em “Psicologia e Coach” (2020/Faculdade Metropolitana de Ribeirão Preto - SP). Em 2021 cursou “Terapia Cognitivo-Comportamental: Princípios Teóricos e Epistemológicos” e “Introdução a Psicanálise Freudiana” no Portal de Psicologia (in)Formação. Fez parte de grupos de pesquisa na PUC-SP sobre poesia e crítica literária em 2015 e 2016. Integrou o grupo de pesquisa da Profa. Dra. Telê Ancona Lopez USP (FFLCH) 2015/2016/2017 sobre o “Trabalho do Crítico”. Atuou como Coordenadora Pedagógica na escola especializada em Educação no Sistema Prisional de Mato Grosso de 2019 a 2020, onde escreveu documentos de suma importância para o Estado de Mato Grosso no segmento educacional PPL (Privados de Liberdade). Em 2021, iniciou o Doutoramento na FLUC (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) em Línguas Modernas: Culturas, Literatura e Tradução. É Poetisa, escreve contos e roteiros de curtas, escritora de projetos políticos educacionais e culturais. 

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

COLETIVEARTS, 06 ANOS DE VIDA,
CONTANDO HISTÓRIAS, 
CRIANDO MUNDOS!


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5 Comentários

  1. "Ereto é o desejo, a pulsão de amar e viver nos teus braços..." Viu que poesia perigosa a tua.

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    1. Tão profunda quanto o pensamento humano e tão saborosa quanto a natureza da fruta

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  2. "Ereto é o desejo, a pulsão de amar e viver nos teus braços..." Viu que poesia perigosa a tua.

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  3. "Viver é perigoso..." Vivamos.

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