O DIÁRIO DE UMA AMANTE

  

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HOJE:

Quanto são os amores que vivemos na vida?

Assim como todos, ela teve um primeiro grande amor. que a deixou menina, e que agora volta... à Amante.

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Quantos amores vivemos ao longo da vida?

Algumas pessoas acreditam que só amamos uma vez, outras dizem nunca ter amado, e algumas outras vivem de paixões.

Quando nossa amante conheceu seu anjo, ela vinha de um casamento falido e triste, destruído pelo álcool. No alto de seus 24 anos, ela era só lembranças. Lembranças de tudo que não deu certo e do que deveria ter dado. Embora ela não fosse mais inocente e os anos terem passado, continuava a sonhar. 

Seis anos se passaram, o olhar dela e o de seu anjo nunca mais se cruzaram. Mas ela dele sempre lembrará. O quanto ele ainda a odiava, o quanto ela odiava ele, Não dava pra saber, afinal  amor e ódio são vizinhos e as vezes se confundem um com o outro.

A chegada de seus 30 anos lhe trouxe a adolescência de volta. 

Certa noite em uma rede social, ela encontrou o perfil do seu primeiro amor. O homem que lhe deu o primeiro beijo, os primeiros carinhos e desejos. Também veio dele o primeiro "eu te amo". Tímido, confuso mas um , "eu te amo".

Dizem que adolescente não ama, claro que ama. Ela tinha 13 anos e ele 17, ela o amou muito. Mas a adolescência é uma fase confusa pra todos e eles se perderam um do outro. Casaram, separam-se, tornaram-se pais. E naquela altura ela era uma mulher madura e ele um homem traidor.  Em qualquer outra circunstância seria fácil, mas era ele o seu primeiro amor, tão lindo ou mais lindo do que antes. E agora,  ela era a Amante, e ele que havia a deixado por ela ser virgem, será que agora a teria em seus braços?

Como se ainda fosse adolescente, agiu na emoção. 

Ela o chamou e começaram a conversar, foram 40 minutos de conversa e logo se encontraram. Dezessete anos depois, tudo estava diferente, menos o olhar verde dele.  Ela entrou naquele carro despreparada, entrou sem a amante, e ele também se desarmou 

"Minha linda" ele disse, "tu não mudou, está mais bonita, mais alta". Ela sorriu e disse:"sim cresci, mas ainda sou mais baixa que tu". Os atos naquela noite falavam mais que palavras. 

Ele saiu do carro e a chamou, ficaram de frente um para o outro, sem dizer uma palavra. Afinal quando eram adolescentes ela por ser mais baixa, erguia os pés para beija-lo.  Eles se aproximaram, não tirando o olhar um do outro,  ela ergueu os pés e ele a beijou. 

Um beijo longo, molhado pelas lágrimas que ela não segurou. Afinal ela tinha planejado uma vida inteira com ele e tinha dado tudo errado.  

E se a gente tivesse ficado juntos?  E se nós tivéssemos casados? E se meus filhos tivessem sido com ele? 

E se? 

Não tinha como saber. A vida é estranha, brinca com a gente! Nós nunca saberemos de nada da vida, apenas achamos que sabemos.  

Eles já haviam sofrido, já haviam sido felizes e agora estavam ali de novo. Ela sentiu seu coração acelerar, e quanto mais ele gaguejava  nervoso, mas bonito ela o achava. Ficaram ali naquele lugar escuro por duas horas, como outrora, apenas com beijos e abraços. E no abraço dele, ela repousava e se perdia do mundo. 

Nenhum homem tinha esse poder com ela, mas ele não era qualquer um.

Os encontros se seguiram ,o desejo estava os matando, mas havia um certo medo. Medo de dar errado, de não se entenderem, não se encaixarem. Até que em uma noite de luar, onde a lua cheia se fazia majestosa no céu, eles se amaram. 

Seus toques foram perfeitos, suas mãos se encaixavam plenamente. Sobre o seu corpo ele tinha domínio de tudo.  O carinho, o beijo o desejo, tudo na medida, tudo perfeito. 

Como se o sexo deles já fosse feito há mil anos. Ali fizeram anal no capô do carro, oral no gramado, e se acabaram no banco de trás, sorrindo. 

Eles sorriram ao gozar juntos, pois a sensação de terminar juntos era surreal. Beijaram-se e saíram do carro. Ele se encostou na porta chamando ela, pegou em sua cintura a abraçando fortemente  e ficaram olhando pra lua, sem dizer nada. 

Fazer sexo é muito bom, mas fazer amor não tem explicação.

Quanto tempo duraria aquilo então? 

Eles estavam ali um para o outro, mas não eram um do outro. Havia uma terceira e uma quarta pessoa. 

A vida é feita de escolhas. E mais uma vez eles iriam se distanciar. 

Mas por quanto tempo?  O primeiro amor, nunca morre. 

De fato com ela não morreu, de tempo em tempo eles se veriam, se amariam e se deixariam. 

Talvez por que ambos saibam que juntos eles são perfeitos, e perfeição não existe. 

Um dia o verde olhar  dele não vai mais brilhar, o negrume dos cabelos dela será algodão, então nesse dia talvez... depois de 50 anos, quem sabe, o primeiro seja o último, por ser amor de verdade... 





DIOVANA RODRIGUES


Me chamo Diovana, tenho 40 anos, me apaixonei pela poesia com 13 anos de idade, e desde então escrevo. A poesia se tornou uma psicóloga para mim, um diário de desabafo. Não consigo escrever sem meu coração mandar. Não sei simplesmente sentar e pensar no que vou escrever. Simplesmente escrevo, brinco, eu escrevo sem pensar. Sou mãe, tenho três filhos, Mithelli que está com 22 anos e os gêmeos de 13 anos. Parece meio óbvio dizer que são tudo que tenho, mas é isso. São meu tudo. Trabalho com segurança privada, minha especialização dentro da área veio depois de anos. É algo que gosto de fazer, assim como cozinhar. Sou uma mulher de gosto simples, porém, de opiniões fortes. Sigo minha vida de forma leve, aprendendo, caindo e levantando ancorada em minha fé. Sou umbandista com muito amor e só tenho a agradecer às minhas frenteiras. Elas me ensinaram que cair é inevitável mas ficar no chão é opcional. Essa sou eu, essa é Diovana Rodrigues.

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

COLETIVEARTS, 06 ANOS DE VIDA,
CONTANDO HISTÓRIAS, 
CRIANDO MUNDOS!


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