ARTE E CULTURA

 ACREDITEM: UM COMPLETO DESCONHECIDO ME TIROU LÁGRIMAS

Depois das decepções de cinebiografias como as  de Bob Marley e Amy Winehouse, havia prometido para mim, não assistir mais nenhuma produção desse gênero.  Mas, eis que o personagem retratado em "Um completo desconhecido", era Bob Dylan - pelo qual tenho uma devoção desde minha terna juventude. Aí não teve como resistir. E não me arrependi. 

Filme espetacular. Primeiro, pela credencial do diretor James Mangold, que havia dirigido o ótimo  "Johnny & June", filme de 2005. Segundo, foi a atuação de Timothée Chalamet , que se preparou por mais de cinco anos para esse papel. Timothée Chalamet recebe toda a atenção da direção e do roteiro, co-escrito por Mangold e Jay Cocks, do livro  "Dylan Goes Electric", de Elijah Walds . Chalamet está presente na tela quase o tempo todo e incorpora com precisão todos os aspectos físicos de Bob Dylan. Da voz fanha até a forma de segurar um cigarro, o trabalho de Chalamet é impressionante e hipnotizante. 

Uma das cenas marcantes do longa, é quando Dylan conheceu seu ídolo Woody Guthrie, já muito doente, no hospital. O jovem compositor lhe apresenta a canção “Song to Woody” - brotam as primeiras lágrimas. Mas quem também rouba a cena em todos os momentos em que aparece na trama é Boyd Holbrook como Johnny Cash. O ator consegue emular o gestual e o timbre vocal icônico de Cash com perfeição.  

Enfim,  "Um completo desconhecido"  é muito melhor do que a maioria das cinebiografias musicais que vimos nos últimos anos, é um prato cheio para os fãs de Bob Dylan e de música em geral. Os grandes sucessos estão lá - "Like a Rolling Stone", "Blowin’ In The Wind", "Mr. Tambourine Man" a sala do cinema vibrou muito durante as músicas, emocionante - muitas lágrimas derramadas. O visual de Timothée Chalamet nos faz acreditar que estamos realmente vendo o jovem Dylan,  natural de Minnesota, na charmosa cena musical de uma Nova York do início dos anos 1960, com seus 19 anos e rumo à ascensão.


Em 2021 o ColetiveArts inaugurou a exposição online permanente em homenagem aos 80 anos de Bob Dylan, confira AQUI

TRAILER:   

Paulo Kobielski

Paulo Kobielski é professor de História com especialização em Filosofia e Sociologia pela UFRGS. Trabalha com fanzines  e quadrinhos na educação. é uma espécie superior de gaúcho, pois é gremista!, escreve a coluna Dossiê Kobielski, para ler, clique Aqui.

Dizem que Paulo viajou no tempo para enfrentar os extremismos e os ódios através da educação, da cultura e dos quadrinhos, e que guarda em seu roupeiro uma roupa e uma viseira de mergulhador.

Paulo conquistou  o Troféu Ângelo Agostini de melhor fanzine no ano de 2020, confira matéria Aqui.
Também é um dos apresentadores do podcast cultural Coletive Som, A voz da Arte. Para escutar os episódios clique Aqui.
Confiram o episódio n# 02, apresentado por Patrícia Maciel e Luciano Xaba, entrevistando o Paulo Kobielski, clicando Aqui.

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

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