O DIÁRIO DE UMA AMANTE

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HOJE:

De todas as loucuras da Amante,  não sei qual foi a mais louca. E de todas as aventuras é difícil dizer qual foi a melhor ou pior...

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Se teve alguém na vida que aproveitou todas as chances de fazer merda foi ela. Algumas pessoas tem medo de morrer, outras tem medo de viver.  Tem muita gente por aí, que apenas existem. Existem para agradar a sociedade,  existe para fazer aquilo que lhe é imposto.   Vivem entre certo e errado, muitas vezes escondendo os verdadeiros desejos e valores.

Vejam bem meu certo e meu errado, não tem que ser igual ao seu. Mas existe algo chamado de respeito. E hoje em dia o respeito está se perdendo,  porque vemos as pessoas criando opiniões e querendo impo-las às outras, como se só as delas fossem as certas, soberana sobre todas as outras. 

Vemos também algumas pessoas ignorantes, mau educadas que se dizem  "sinceras" mas são apenas sem noção. Pessoas sinceras não saem por aí falando sem pensar, julgando,  apontando o dedo. Quem faz isso é gente sem noção mesmo .

E muitas dessas pessoas que  para mim são sem respeito, julgam e apontam as loucuras da Amante. Mas eu sinceramente acho que esses julgamentos, esses pré-conceitos  são apenas inveja. Não inveja dela, mas da vida que ela criou para si. 

Sem arramas, livre, com paixão, amor e desejo.Ela fez seu nome.

E os tais apontamentos e julgamentos das pessoas não faziam diferença. Porque nenhuma dessas pessoas pagavam seus boletos,  porque nenhuma dessas pessoas colocavam comida em sua mesa. Porque seus mimos eram dados por ela mesma. Porque tudo em sua vida dependia unicamente dela.

Então ela deixava que falassem, ligava o foda-se e vivia!

Até porque essas pessoas que se metem em nossas vidas, não morreriam por nós, e muitas se você precisar, não lhe alcançam nem um copo d'água. Sendo assim sempre foi inútil julgar a amante.

Mas voltando a falar em loucuras, vou lhes contar sobre uma grande loucura que teve como alicerce a paixão. Certa vez a Amante estava fazendo seu cabelo em salão da cidade e chegou no local uma família de ciganos. Haveria uma casamento,  uma grande festa dentro da cultura deles que muitas vezes duravam dias. Os homens daquela família foram levar as mulheres no salão para se arrumarem. E entre esses homens estava o irmão do noivo.

O povo cigano é um povo de muito respeito. São pessoas de tradição,  e quando um cigano quebra essa tradição ele sai do bando.  A Amante sabia disso, e por isso mesmo por respeito, todos aqueles homens lhe eram indiferentes.

Porém o irmão do noivo ficava olhando ela pelos espelhos do salão. Disfarçava diante do pai, mas seguia a olhando. Duas vezes a Amante desviou o olhar, mas na terceira vez ela o encarou. Fixou o olhar através do espelho e fez ele se envergonhar.

Logo o pai do rapaz notou e tirou todos os homens da família do salão, deixando apenas as mulheres. Logo em seguida a Amante saiu também do salão e o rapaz cigano estava sentado bem próximo, sozinho. 

Quando ela passou por ele, ele a seguiu.  Se apresentou a ela e pediu permissão para falar com ela. Ela aceitou, e ele a convidou para irem tomar um chá em uma confraria próxima.

Ele era muito educado e diferente de qualquer outro homem, era mais zeloso, mais másculo, tinha um "Q" de diferente no olhar. Foi muito respeitador.

E durante os sete dias que durou a festa de casamento do irmão,  ele fugia da família para levar a Amante em lugares diferentes. 

No último dia então ela disse a ele que naquela tarde ela o levaria em um passeio.  Foram então para a cidade de Gramado tomar chocolate quente, e enquanto estavam conversando ele deu a ela uma pulseira de ouro cheia de pedras de ágata. Disse que era para simbolizar o afeto dele por ela.

Ela aceitou toda feliz, e deu um beijo nele, ele ficou sem atitude, afinal na cultura dele não era normal uma mulher fazer tal coisa.  Mas ela não parou no beijo, afinal ela ficou sete dias desejando ele, e sabendo que era desejada. 

Meio em choque ele a levou a um motel. E lá, ela deixou ele conduzir o ato.

Ele a cobriu de rosas,  lavou seus pés,  deu lhe banho e a amou com toda paciência do mundo. Cada toque dele era carregado de malícia, desejo e cuidado.  Era como se ela fosse um diamante raro para ele.

Depois daquela tarde ele brigou com a família sem dizer nada sobre a Amante. Ficou na cidade dela, e seguiram se encontrando. E a cada transa mais se apegavam.

Logo ele viu a fera sair de dentro dela. Ela nunca foi submissa a ninguém, não seria pra ele também.  Tomou as rédeas do desejo.Gozava inúmeras vezes, e fazia ele gozar ainda mais. 

Transavam no carro,  na. Chuva, de noite e de dia. E foi em uma noite de lua cheia onde ela estava nua cavalgando sobre ele, que ele pediu a em casamento. 

- Seja minha! Somente minha, tenho que voltar pra minha família. Sou responsável lá. Te levo comigo, te dou tudo que quiser,  te cubro de ouro para tu ser a minha mulher. Mas tu tens que esquecer tua vida, para poder entrar em minha família. 

Ela ouviu tudo calada.Caminhou até uma árvore e ainda nua,acendeu um cigarro e olhou pra lua. Fixou o olhar no céu e sorriu.

Ele caminhou até ela, pegou em sua mão e colocou um lindo anel em seu dedo. Ela olhou, e disse assim:

- Está vendo a lua?

- Sim. - ele respondeu. 

- Ela está linda hoje, observe não há estrelas perto dela, ela brilha sozinha. Levante a mão tente pegar a lua, e levá-la para teu mundo.

Ele olhou para amante, e disse que era impossível  ter a lua. Ela então sorriu, e disse:

- Sou como a lua. Distante, independente e ninguém me segura. Todos podem apreciar minha beleza me amar ou odiar,  mas ninguém pode me prender e determinar o que devo ser. 

Ela tirou o anel do dedo e lhe devolveu. Vestiu seu vestido e saiu sem olhar pra trás...

Deixou seu lindo cigano voltar às suas origens. 

Ela sentiu, claro que sentiu.

Mas assim como a lua, ela iria minguar se fosse presa em uma vida que não era sua. Então ela se renovou e cresceu e logo já estava cheia novamente.

Tal qual como a lua é suas fases.

O tempo passou, afinal essa é a missão do tempo,  porém de tempo em tempo a família cigana retorna a cidade. Ela sabe que hoje ele é um dos chefes, responsável por uma família de 6 filhos. Ela nunca mais viu ele pessoalmente. 

Porém de dois em dois anos no mês de agosto em uma noite de lua cheia, aparece na porta dela uma rosa, uma joia e um bilhete dizendo: "Só vim contemplar a lua!"

Que loucura ela pensa, Sorri olhando para céu,  cheira a rosa e oferece a lua, dizendo tu merece mais que eu!



DIOVANA RODRIGUES

Me chamo Diovana, tenho 40 anos, me apaixonei pela poesia com 13 anos de idade, e desde então escrevo. A poesia se tornou uma psicóloga para mim, um diário de desabafo. Não consigo escrever sem meu coração mandar. Não sei simplesmente sentar e pensar no que vou escrever. Simplesmente escrevo, brinco, eu escrevo sem pensar. Sou mãe, tenho três filhos, Mithelli que está com 22 anos e os gêmeos de 13 anos. Parece meio óbvio dizer que são tudo que tenho, mas é isso. São meu tudo. Trabalho com segurança privada, minha especialização dentro da área veio depois de anos. É algo que gosto de fazer, assim como cozinhar. Sou uma mulher de gosto simples, porém, de opiniões fortes. Sigo minha vida de forma leve, aprendendo, caindo e levantando ancorada em minha fé. Sou umbandista com muito amor e só tenho a agradecer às minhas frenteiras. Elas me ensinaram que cair é inevitável mas ficar no chão é opcional. Essa sou eu, essa é Diovana Rodrigues.

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

COLETIVE ARTS, 07 ANOS DE VIDA,
SENDO A MAÇÃ DE ALGUNS,
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