O DIÁRIO DE UMA AMANTE

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HOJE:

Ela voltou a ser a Amante, talvez não como antes, ou como sempre. Afinal ela era inconstante. 

Perfeitamente Imperfeita.  

Vamos para mais uma história da Amante...

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É bem verdade que a Amante se acostumou a viver livre. Livre do jeito dela, sem amarras, sem compromissos, sem ter o porque de muitas coisas. Claro que vez que outra a solidão dominava sua mente, e quando  o silêncio fazia eco dentro de casa , ela pensava: 

"E se...

E se tudo fosse diferente?  E se eu não tivesse mudado tanto?

E se...???"

Muitas eram essas as suas dúvidas quando se sentia só, e muitas vezes ela desejou voltar no tempo. Mas o tempo não volta,  não podemos mudar o passado,  mas podemos aprender com ele, e construir um presente melhor, e até quem sabe um futuro melhor. 

"Mas como?- ela pensava- Hoje sou a mulher que nó em qualquer homem,  nenhum homem consegue me enganar, isso talvez porque eu pense muitas vezes como homem. Uso armadura,  criei casca. Eu falo exatamente o que querem ouvir, faço o que querem até eu possuir, depois descarto, sumo, ignoro, não respondo nem uma mensagem..."

Ela era consciente de seus erros , e também dos acertos.

Ela sabia exatamente quem era. 

Com tudo a idade estava chegando, e até mesmo ela tinha prazo de validade.  

"Quem sabe de repente chegue alguém e faça tudo diferente,  quem sabe chegue alguém capaz de reiniciar meu coração."

Quem sabe,  mas até que isso aconteça ela seguia sendo ela, com o jeito único amante de ser.

Amante,  o gosto de ser amante no sentido da palavra voltou a fazer  sua mente. Ela começou a desejar um homem casado. 

Bom na verdade ela soube depois de um tempo que ele era casado. Mas quando soube, seu radar de desejo já estava ligado.

Ela observava ele sempre de longe,   como uma felina caçando, ela espreitava ao longe até sentir confiança e se aproximar.

Devagarinho ela foi ganhando espaço,  sempre com conversas produtivas, muitas vezes intelectuais.  Outras vezes simplesmente falando em futebol, e em coisas do dia a dia.  Ganhou espaço, sentiu que estava pisando firme naquele terreno. 

Se fez de desentendida e deixou ele dar o primeiro passo. 

E assim ele caiu em seus braços. 

Um casamento em ruínas, onde a rotina tomou conta, onde tudo era briga,  não precisava de muito para ele cair. 

Ele tinha um jeito tímido mas ao mesmo tempo atrevido. Moreno alto, barbudo corpo tatuado e um olhar incomum. 

Eles marcaram um passeio  para conversar,  mas não teve conversa ao se verem diante da casa dela, se beijaram,  como se já vivessem a tempo aquilo.  Como se fossem velhos amantes. 

E quando o beijo é bom, já acende o tesão. E naquele beijo eles se ligaram um ao outro, os corpos pegaram fogo e acabaram no quarto dela.

Mais e mais beijos e as roupas foram caindo pelo chão, o toque dele no corpo dela fazia ela arrepiar. Ele a sentou na cama e beijou seus pés, subiu maliciosamente por suas pernas beijando-a sem parar.  Beijou todo seu corpo e parou nos seios, começando a passar a língua sobre seus mamilos subindo até sua boca e beijando-a mais. 

Enquanto a beijava, seguia passando as mãos por seu corpo, contemplando a maciez de sua pele.  

Quando ele desceu para fazer sexo oral nela, ele a levou ao céu. Como se tivesse estudado sobre o corpo dela, ele fazia tudo com perfeição. 

As preliminares deles foram tão intensas que eles nem viram o tempo passar,  suas mãos e bocas se misturavam entre toques, beijos e carinhos. 

Carinhos, ele era muito carinhoso e assim a abraçando de ladinho penetrou-a pela primeira vez. 

E quando suas peles se tocaram tremeram de tesão e logo se saciaram um no gozo do outro.  

Depois do ato, a surpresa para ela. Ele a olhou e disse deita no meu peito e abriu os braços,  fizemos sexo agora é a hora do amor. 

Aquilo quebrou ela, pois lá nos dias de solidão tudo que ela pensava era em ter um peito para deitar, ser amada. Ela aceitou o faz de conta e deitou, e entre conversas e carinhos eles se amaram e fizeram sexo a tarde inteira. 

Até o momento de dar adeus, o mundo era apenas deles naquele quarto. 

 Mas depois ela tinha que devolve-lo, afinal ele já era o marido de alguém. 

Assim o faz de conta se desfez.  

Cada um seguiu seu rumo, mas ele desejava ter a Amante outra vez. 

E a Amante...,  dessa vez a palavra amante estava pesada,  e pela primeira vez ela desejava não ser a amante, afinal naquela tarde ela foi amada.


DIOVANA RODRIGUES

Me chamo Diovana, tenho 40 anos, me apaixonei pela poesia com 13 anos de idade, e desde então escrevo. A poesia se tornou uma psicóloga para mim, um diário de desabafo. Não consigo escrever sem meu coração mandar. Não sei simplesmente sentar e pensar no que vou escrever. Simplesmente escrevo, brinco, eu escrevo sem pensar. Sou mãe, tenho três filhos, Mithelli que está com 22 anos e os gêmeos de 13 anos. Parece meio óbvio dizer que são tudo que tenho, mas é isso. São meu tudo. Trabalho com segurança privada, minha especialização dentro da área veio depois de anos. É algo que gosto de fazer, assim como cozinhar. Sou uma mulher de gosto simples, porém, de opiniões fortes. Sigo minha vida de forma leve, aprendendo, caindo e levantando ancorada em minha fé. Sou umbandista com muito amor e só tenho a agradecer às minhas frenteiras. Elas me ensinaram que cair é inevitável mas ficar no chão é opcional. Essa sou eu, essa é Diovana Rodrigues.

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

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4 Comentários

  1. Talvez nem a autora saiba o quanto a amante é maravilhosa

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  2. Vem matar essa solidão comigo, tenho abraço e tudo que tu precisa pra ser feliz.
    Gostei do texto,como sempre
    Estava com saudades

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  3. Vem matar essa solidão comigo, tenho abraço e tudo que tu precisa pra ser feliz.
    Gostei do texto,como sempre
    Estava com saudades

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