O DIÁRIO DE UMA AMANTE

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HOJE:

Desejos ocultos.

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Não existe melhor professor do que o tempo. E o tempo ensinou muito a Amante, Sua vida era uma linda melodia, uma música de uma nota só. 

Claro que  toda essa solidão vez que outra trazia lágrimas aos olhos dela. Mas ela sendo ela como era, chorava um pouco, enxugava o rosto se maquiava e seguia.

Seguia só no seu propósito. 

Afinal o homem para entrar em sua vida, mesmo que para apenas um ato sexual teria que estar a altura.

Não, ela não se achava superior a ninguém,  mas o tempo a ensinara que ela era uma mulher cara!  E não estou falando de bens. Seu corpo era um templo, não era qualquer um que tinha acesso. 

Por mais belo que fosse,  uma simples palavra a fazia ter nojo. E nós mulheres sabemos que hoje em dia é fácil pegar nojo de alguns homens.

Há muitos "princesos" hoje em dia. Que se magoam por tudo, se acham demais. E se a mulher não dividir uma cerveja de dez reais, já é vista como oportunista, se ela morar sozinha pensam que a casa dela é motel.

E se a mulher ousar reclamar é  chamada mil coisas, mas a principal é puta! Puta, eita palavra de força!!! A amante era vista como puta. Uma mulher com desejos, é puta!  Uma mulher com palavra e posição política é puta. Uma mulher que se sustenta, sem homem é  puta! Se solteira  criando os filhos solo,  ou separada, é vista igualmente como puta. Se sai com amigas, se toma sua cerveja,  se se arruma demais, se sorri demais, é puta!!! 

A Amante era então puta, com P maiscúlo. Sem medos visíveis encarava a vida de frente.  Nunca foi vítima da sociedade. E apesar de ter sido criada como princesa, foi uma princesa guerreira. Nem a morte a assustava, já que ela muito na vida lutara.

E por tudo isso,  não era qualquer um que em seu corpo tocava. Mesmo sendo ela tão fogosa e com apetite imenso em ser penetrada, tocada,  amada, desejada. 

Muitas vezes ela ficará sem homens na cama. Afinal antes só do que mal acompanhada.  Seus desejos ficavam ocultos, mas estavam ali. Mamilos sempre duros, clitóris pulsando, respiração pausada, coração acelerado

E o seu toque...

Ela se tocava majestosamente em frente do espelho, na cama e no chuveiro. Vibradores de muitos formatos, gel excitante, filmes eróticos, mas principalmente suas lembranças. 

E nas lembranças rostos e corpos daqueles que  a levaram ao céu.  Ela passava as mãos pelas suas curvas, lembrando daqueles que se perderam nelas. Seu toque era delicado, e suave 

Passava os dedos sobre os lábios, os molhando com a saliva descia até sua vagina, e sozinha se completava em um vai e vem de desejo único e solitário.

Seu corpo macio e perfumado era um labirinto de tesão.

Sozinha, sem homem, ela se bastava. 

Gozava se tocando, e até múltiplos orgasmos tinha.

Era melhor estar sozinha do que com certos tipos homens.

Afinal era uma mulher sexualmente ativa, mas mais que isso, ela era dela. Não era usada por ninguém.  Gozar estava em primeiro lugar, ser apenas gozada não era pra ela. 

Ela não era mulher para servir homem. Porque dizem que homem é homem, e que eles tem necessidades. As mulheres também tem.E a mulher que não sabe disso ainda não se descobriu. 

Mulher não nasceu pra ser usada. 

Dizem que fomos feitas da costela de um homem,  então mulheres a costela fica ao lado, não atrás. Não somos sexo frágil. Somos sexo forte, que pari a vida aos gritos, que fazem mil coisas ao mesmo tempo. Que trabalha doente, que ama, que se apaixona, que sorri e chora.

A Amante era tudo isso e um pouco mais.

Ouso dizer que ela era apaixonada por si mesma. Se arrumava pra ela, se perfumava pra ela. Seu amor próprio era uma dádiva. 

Mas ela ainda sonhava, sonhava encontrar um homem de verdade. Não um príncipe que chegasse em um cavalo branco. Mas um homem normal que não fosse o "Cavalo" e tão pouco o princeso.

Um homem desses poucos, engraçado, gentil, romântico, que trabalhasse pra somar, e não diminuir. Que gostasse de ficar em casa fazendo sexo em dia chuva,  mas também gostasse de sair, viajar, passear...

Em uma tarde qualquer ir ao cinema. Ou simplesmente chegar em casa com uma rosa e a beijar loucamente. Um homem que topasse loucuras. Que fizesse sexo no carro,  no chão, na rua. Que vivesse a luxúria da paixão...

Infelizmente estes estão em extinção. Por isso  a Amante segue só. Se amando, se bastando, contemplando os próprios desejos, gozando a vida.


DIOVANA RODRIGUES


Me chamo Diovana, tenho 40 anos, me apaixonei pela poesia com 13 anos de idade, e desde então escrevo. A poesia se tornou uma psicóloga para mim, um diário de desabafo. Não consigo escrever sem meu coração mandar. Não sei simplesmente sentar e pensar no que vou escrever. Simplesmente escrevo, brinco, eu escrevo sem pensar. Sou mãe, tenho três filhos, Mithelli que está com 22 anos e os gêmeos de 13 anos. Parece meio óbvio dizer que são tudo que tenho, mas é isso. São meu tudo. Trabalho com segurança privada, minha especialização dentro da área veio depois de anos. É algo que gosto de fazer, assim como cozinhar. Sou uma mulher de gosto simples, porém, de opiniões fortes. Sigo minha vida de forma leve, aprendendo, caindo e levantando ancorada em minha fé. Sou umbandista com muito amor e só tenho a agradecer às minhas frenteiras. Elas me ensinaram que cair é inevitável mas ficar no chão é opcional. Essa sou eu, essa é Diovana Rodrigues.

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

COLETIVE ARTS, 07 ANOS DE VIDA,
SENDO A MAÇÃ DE ALGUNS,
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