O UNIVERSO CONTA

Naigaron

Capitulo I

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Capitulo II

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Capitulo III

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Capítulo IV -  Primeiras verdades, primeiros passos

Parte 1

Laura continuou aprendendo sobre os cantos mais estratégicos de Naigaron e aprendeu alguns golpes de defesa com Liz. Descobriu que não era forte com suas mãos, então aprendeu truques com os pés. Nada muito difícil, apenas movimentos que fizessem o atacante cair no chão e dar tempo para ela correr.

Ganhou roupas novas, com tons amarelos, para usar, assim como os Nômades da Terra, mas ao olhar-se no espelho, decidiu que precisava mudar mais alguma coisa. Foi então que cortou seu cabelos, assim seria mais difícil de reconhecê-la e fácil de fazer sua jornada. Tudo necessitava ser prático.


Os dias estavam passando e a jovem pressentia que logo aquela tranquilidade acabaria. Foi então que recebeu a notícia de Riuky de que todos que a procuravam haviam partido e logo ela deveria aproveitar a chance.

- Aquele rapaz gosta mesmo de você - comentou ele.

- Quem?

- Liuk.

- Ele ainda estava aqui?

- Sim.

Laura havia esquecido seu noivo. Na noite de sua fuga, tinham discutido. Ele se declarou de forma profunda, porém ela não sentia o mesmo. Depois, quando soube  que Eduardo não é seu irmão, esqueceu-se completamente de qualquer outro homem da face de Naigaron.

- Mais alguém me procurou além dele e dos que estavam aqui? - indagou, com esperança.

- Não… - disse Riuky, um tanto curioso - existe alguém que gostaria que tivesse a procurando?

- Sim. - Laura admitiu, corando e sorrindo. Seus sentimentos não precisavam mais ser segredos - Durante muito tempo, amei Eduardo. Quando viemos para cá, tive de me forçar a esquecê-lo. Foi um dos motivos pelos quais fugi… Jamais conseguiria viver naquela vida de irmã. Foi então que você me trouxe a esperança novamente! Não somos irmãos! Não estou errada em amá-lo!

- Mas acredita que ele a ama também?

- Sim! Ele nunca me disse nada, mas não quis me deixar partir e nem que eu me casasse com Liuk. Ele tem dificuldades em se entender, teve uma vida um tanto difícil na Terra, mas certamente eu consigo ver que ele me ama.

- Você sabe que esse amor continua sendo proibido? - disse ele, suspirando para escolher as palavras certas, ela o encarou com dúvida, não conseguia perceber o que os impedia naquele momento - Ele é filho de verdade dos Dirigentes do Condado das Águas, no futuro assumirá essa posição. Não pode ser livre como você.

- Mas eu vou voltar para cá! Assim que eu voltar, darei um jeito de enviar uma mensagem. Ele vai saber de tudo. Certamente virá me ver… Nós encontraremos um jeito… tenho certeza!

Riuky permaneceu olhando para a jovem com preocupação, porém não tocou mais no assunto. Parecia aceitar mais os sentimentos de Liuk que de Eduardo. O que era estranho para a jovem, pois ambos, Liuk e Eduardo, eram futuros Dirigentes de Condados.

O dia da partida finalmente chegou. Laura saiu de dentro da árvore acompanhada de Liz e Riuky na alta madrugada, quando ninguém mais estava acordado para testemunhar sua presença. A garota tremia de medo e nervosismo, pensou seriamente em pedir para voltar ao casulo, poderia viver mais alguns anos escondida, porém lembrou-se que logo o grupo se mudaria para outra região, para evitar o surgimento de mais Conselheiros. Então não era seguro ela partir com eles, nem certo de que sua identidade se manteria em segredo.

- Seja forte, corajosa e se proteja! - Disse Riuky, segurando-a pelos ombros, a olhando firme nos olhos. Parecia triste, preocupado, mas queria passar firmeza para ela. A abraçou.

- Não se esqueça de tudo que aprendeu e que seu nome é Loah. Jamais deixe que percebam que não cresceu em Naigaron. - Disse Liz, também sentimental. Passou a mão na cabeça da jovem. - Nos veremos novamente!

- Agradeço por tudo! - disse ela, chorando. Sabia que sentiria muita falta daqueles dois homens que foram muito gentis com ela, tão gentis quanto Alue, que já causava muita saudade nela - Avisem a Alue que sinto muita saudade dela e espero revê-la!

- Avisaremos! Quando você voltar, ela também estará aqui esperando.

Alue virou-se para a estrada a sua frente e seguiu caminhando, enquanto chorava. Olhou para trás a última vez, antes de sumir da visão dos dois amigos. Ambos estavam parados, olhando-a com muito afeto. Ela disse a si mesma que tomaria esse afeto como energia para chegar ao seu destino. Fez um último aceno e sumiu na noite.


Continua no próximo sábado…


Miriam Coelho

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

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