O UNIVERSO CONTA

Naigaron

Capitulo I

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Capitulo II

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Capitulo III

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Capítulo IV

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Capítulo IV -  Primeiras verdades, primeiros passos

Parte 3

Laura acordou amarrada no chão, com muitas dores em seu corpo. Estava tudo escuro ainda, então não reconhecia nada a sua volta. Tentou se movimentar, mas suas pernas e braços estavam presos. Suspirou de raiva e tristeza ao mesmo tempo, sua liberdade durou tão pouco. Podia ver luzes através de frestas da parede, haviam pessoas no lado de fora, mas não podia escutar qualquer diálogo compreensível aos seus ouvidos, estava atordoada pelo turbilhão de sentimentos.


Um longo tempo se passou até que o dia voltou novamente a surgir e a clarear, aos poucos, o local onde estava. Conseguiu se arrastar até sentar, para observar melhor o lugar. Era uma espécie de tenda, muito pequena, feita de troncos de árvores. No lugar, haviam mais cordas e panos, certamente para outras pessoas pegas desprevenidas como ela. Quando o sol estava a pino, não havia mais som de pessoas no lado de fora. Tudo estava muito silencioso. Porém alguém se aproximava da cabana de forma sorrateira. Mil coisas passaram pela cabeça da jovem e nenhuma delas eram agradáveis até que a porta se abriu e ela pode reconhecer quem era.

- Liuk! - exclamou ela, com alegria.

Ele fez um gesto para ela baixar seu tom de voz. Olhou atrás de si confirmando que mais ninguém o vira e entrou na cabana. Começou a desamarrá-la.

- Eles estão dormindo! - sussurrou - temos de ser rápidos!

- Como descobriu que eu estava aqui?

- Estou te seguindo desde que saiu do acampamento dos Nômades das Águas.

- O-o quê? - disse ela, surpresa e desconsertada - O Conselho também está aqui? Não quero voltar! - disse, o empurrando.

- Laura, se acalma! - exclamou ele, ainda sussurrando - Prefere ser morta pelos Nômades Bestais? Estamos sozinhos! O Conselho não sabe que eu não voltei para casa. Pelo menos ainda não sabem. - Ele conclui a abertura das amarras e a ajudou a se levantar do chão - Primeiro, vamos sair daqui. Depois conversamos!

Ele a segurou firme pela mão e foi na frente, abrindo a porta com cuidado. A garota deixou-se guiar por ele. Se pudesse, fechava os olhos e entrava no piloto automático até que estivessem seguros novamente, pois a ansiedade era muito alta, tinha medo que seu azar pudesse atrair os nômades e morrer ali mesmo. Ao mesmo tempo, sentia uma euforia que jamais sentira por Liuk antes, era como encontrar um velho parente, depois de muito tempo longe de casa. Tinha vontade de abraçá-lo e pedir para que nunca mais se separassem. Porém seria o pedido mais absurdo do mundo, já que ela ainda não o correspondia da forma que ele esperava. Ao mesmo tempo, se surpreendera com a rebeldia do rapaz. Fora capaz de não seguir protocolos por ela? Por que Eduardo não era assim?

Conseguiram sair do acampamento com sucesso, podia ouvir as respirações profundas vindas de outras cabanas, era o horário de sono daquele povo. Quando finalmente saíram da clareira, Liuk exclamou “não pare!” e começaram a correr.

Correram por muito tempo e sem direção, até encontrar novamente uma estrada. Ambos relaxaram e voltaram a caminhar, ainda de mãos dadas. Caminharam ainda por um tempo, em passo apressado, até que pararam perto de um riacho para beber água.

- Está com fome? - indagou ele.

- Estou, mas perdi meu alimento. Deve ter caído quando me encontraram.

Liuk pegou um pano em seu bolso, molhou na água e começou a passar no rosto de Laura. A jovem se esquivou ao sentir dor, só então percebeu que tinha ferimentos em seu rosto. Fechou os olhos e aguentou firme, enquanto ele tirava o sangue seco do seu rosto.

- Como soube que os Nômades das Águas me escondiam?

- Escutei suas conversas com a serva da Casa do Condado das Águas.

- Você me expiou? - exclamou surpresa.

- Sim, queria saber quem era a minha futura esposa.

Laura realmente não esperava tanta atitude vinda de um rapaz que parecia seguir as ordens sempre.

- Eu sei de tudo… - disse ele, olhando para baixo - do plano de fuga e do que aconteceu na biblioteca entre você e Eduardo…

A garota soltou uma expressão de surpresa, mas também ficou envergonhada por ter sido descoberta daquela forma.

- Liuk, eu e Eduardo…

- Vocês não são imãos… - interrompeu ele.

- Sabe disso também?

- Desconfiava, pois não se parecem em nada. É muito claro que Eduardo é filho dos Dirigentes do Condado das Águas. Ele tem a personalidade do pai e um tanto da aparência da mãe. Porém você não tinha nenhuma semelhança com nenhum deles. Me perguntei, durante muito tempo, porque diziam que eram irmãos, até conhecer seu pai de verdade.

- Meu pai de verdade?

- Sim, o Líder dos Nômades das Águas…

- Não, não, você se enganou! Ele me ajudou porque é tio de Alue, a serva da Casa Principal. Mas não somos parentes.

Liuk olhou para ela surpreso, por um tempo, como se buscasse interpretar o que ela dizia.

- É sério que não sabe quem são seus pais?

- Eles eram amigos, mas soube que meus pais morreram.

- Laura - disse ele, olhando de forma séria para a jovem - Riuky é seu pai. Vocês têm muitas semelhanças. Eu soube que ele e sua esposa tiveram uma filha, na época da grande guerra, porém a criança foi levada embora pelo Conselho Geral de Naigaron. Ninguém sabia do que tinham feito com ela. Alguns diziam que a mataram, outros diziam que ela vivia trancada dentro da sede do Conselho. Mas quando os vi lado a lado pela primeira vez, entendi tudo.

A garota o olhava atordoada. Sentia muita tontura. Ele falando daquela forma, fazia sentido, pois sentia muito carinho vindo do tratamento que Riuky a dava. Diversas vezes Liz também demonstrou saber de algo que ela não poderia saber, mas jamais ousou insistir em descobrir, pois ambos se mostraram amigos dela e dispostos a ajudá- la.

- Então eu sou filha do Líder dos Nômades das Águas e a pessoa da profecia que prevê a destruição de Naigaron?

- Sim…

Continua no próximo sábado…


Miriam Coelho

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

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