
Naigaron
Capitulo I
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Capitulo II
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Capitulo III
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Capítulo IV
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Capítulo IV - Primeiras verdades, primeiros passos
Parte 5
CORRER!
O barulho que Laura escutou vinha de algum lugar distante de onde dormiam, a garota sabia que o certo era acordar Liuk, avisar sobre as vozes, porém a jovem sentia desânimo de acordar seu amigo. Parecia que nada importava tanto, sentia-se exausta, lembrou-se do quanto caminhavam e pensou na possibilidade de não ter chance de ser feliz em Naigaron. Despertou de seus pensamentos com outro grito vindo da mesma direção. Acendeu sua lâmpada, levantou-se sozinha e caminhou sem rumo por entre árvores em busca da voz, que parecia ser de uma mulher. Ao longe escutou novamente a mesma mulher gritando “papai”.
A medida que a garota caminhava, o chamado ia se aproximando, até que finalmente, entre os arbustos, vislumbrou uma mulher, também segurando uma lâmpada, ela corria de um lado para outro, enquanto chamava por seu pai. Laura correu atrás dela por um tempo. Até que a alcançara no instante em que a estranha parou para retomar o fôlego.
- Posso ajudá-la? - perguntou a garota, se colocando a frente da mulher, porém a menina se chocou ao vê-la de perto. Tinha longos cabelos ruivos, olhos em tom violeta e roupas misturadas entre o roxo e o azul. Não segurava uma lâmpada em sua mão, mas fazia fogo com seu poder próprio. Era a primeira vez que
Laura via uma maga utilizando sua força longe de qualquer terra mágica. Porém a mulher não respondeu ou olhou para a jovem, parecendo não enxergá-la.
- Papai, preciso de ajuda! - pediu a mulher, já em prantos, por entre os suspiros de cansaço.
- Posso lhe ajudar a procurá-lo… - disse a menina, muito triste ao ver o estado da mulher.
- Lih, me espera! - gritou um menino, que repentinamente surgiu na cena. Estava mais atrás, parecia também exausto de tanto correr. - não me deixa! - gritou ele, tropeçando e caindo no chão.
A mulher virou-se para ele e disse:
- Volte, eu preciso encontrar o nosso pai!
Laura caminhou até o garoto para tentar ajudá-lo a se levantar, mas assim que se afastou da mulher estranha, ela voltou a correr. O garoto se levantou desajeitado para ir atrás, caiu novamente e antes que a jovem o tocasse, alguém a puxou por trás. Liuk a segurava firme, enquanto a garota tentava se desvencilhar. A mulher estranha desapareceu por entre as árvores e o menino se transformou numa sombra densa, escura, coberta de uma nuvem espectral aterrorizante. Essa sombra pareceu olhar para Laura por um instante, antes de sumir na noite, atrás da mulher.
- Você enlouqueceu? - Indagou Liuk, furioso, soltando a jovem finalmente - Não pode sair caminhando pela floresta à noite, ainda mais quando escutar vozes!
- Eu ouvi uma mulher gritando, fiquei curiosa, mas quando vi que estava precisando de ajuda, vim ajudá-la… - respondeu a garota correndo, ainda chocada com o que vira.
- Laura, você não pode ajudá-la! - interrompeu ele, com firmeza.
- Por quê?
- A mulher que você viu é prisioneira dos Emissários Sombrios. Se você tivesse tocado no garoto ou na mulher, nunca mais retornaria para o nosso mundo!
- O-o q-que quer dizer? - Gaguejou a garota, assustada.
- Você nunca ouviu falar desses seres ruins porque eles vivem próximos ao Condado Espectral, eu ia alertá-la de manhã, mas não sabia que já tínhamos entrado na área deles.
- Emissários Sombrios? São Nômades do Condado Espectral?
- Não. Muitos dizem que eram pensamentos e sentimentos ruins, expulsos pelos próprios Magos Espectrais, quando ainda viviam em suas terras de poder. Até hoje, eles caminham por Naigaron, sempre próximos ao Condado Espectral, em busca de pessoas que tenham sentimentos ruins ou tristes. Eles se alimentam do corpo dessas pessoas, sugando suas almas para a dimensão deles.
- E o que acontece com essas pessoas?
- Nunca mais voltam para Naigaron. Permanecem para sempre presas nesse universo paralelo, revivendo suas dores. A mulher que você viu é uma prisioneira deles. Até mesmo os Magos Nômades Espectrais têm medo desses Emissários.
- O menino também também era uma alma perdida?
- Não, o menino faz parte da lembrança dela. Não sabemos quem ele é ou quem já foi, pois essas almas vivem para sempre assim, dentro desse tormento. Tudo o que sei é que se apareceram para você é porque a querem de alguma forma.
- Eu?
- Você deve ter tido sentimentos difíceis durante esses dias. Não pode alimentá- los, principalmente agora! Eles se atraem pela desesperança das pessoas. Se continuar, eles voltarão e nem eu conseguirei ajudá-la. À medida que fica mais forte, mais próximos eles ficarão de você.
Laura estremeceu pensando na sorte que tivera em Liuk aparecer. Olhou para ele surpresa por saber tanto. Como era possível que aquele Liuk que conhecera no Condado das Águas fosse tão corajoso e sábio. Se não houvesse força na Divisão dos Condados, ele traria grande desenvolvimento para o Condado dos Ventos com seu conhecimento.
Ambos voltaram para o lugar onde descansavam. A jovem deitou-se novamente pensativa, lembrando-se da cena. A qual condado poderia pertencer aquela mulher estranha.
- Liuk, a mulher prisioneira dos Emissários Sombrios fazia fogo com sua mão, para iluminar o caminho. Tinha olhos em tom violeta e roupas que variavam entre as cores lilás e azul. De onde será que ela era?
- Não tenho certeza… - disse ele, depois de um tempo em silêncio. A garota percebeu que aquele silêncio era diferente de não saber. Havia algo, pela primeira vez, que ele não poderia dizer. Talvez estivesse ligada ao Condado do Fogo. Ela sabia que o Condado do Fogo e dos Ventos tinham conflitos e nunca chegavam a um acordo. Decidiu não insistir.
Laura adormeceu decidida a não dar mais trabalho ao seu amigo e se controlar, até chegarem no acampamento dos Nômades da Terra. Porém, no dia seguinte, ao acordar, as coisas não poderiam mais sair como o planejado.
Continua no próximo sábado…
"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes
COLETIVE ARTS, 07 ANOS DE VIDA,
SENDO A MAÇÃ DE ALGUNS,
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