O UNIVERSO CONTA

Naigaron

Capitulo I

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Capitulo II

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Parte 6 clique AQUI

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Capitulo III

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Capítulo IV

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Capítulo V

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Capítulo V -  Despertar Parte 3

 - Daremos um tempo para vocês correrem, porque queremos diversão! - disse uma das mulheres do grupo agitado - Não sejam fáceis! Faz tempo que não caçamos!

Todos gritavam e rugiam de empolgação, enquanto Laura e Liuk olhavam para todos ao redor sem saber o que fazer. Estavam quase cercados e a única saída do centro era para a floresta. Estava noite, não tinham nada para iluminar o caminho, então resistiram um tempo, tentando pensar em outra saída.

Laura repentinamente segurou a mão do rapaz, “não solte!”, exclamou com firmeza e ambos correram finalmente para o meio das árvores e a escuridão da floresta. Tropeçaram em muitos obstáculos, porém a adrenalina era tão alta, que não sentiram nem os tombos fortes. Sempre que caíam, levantavam, para continuar correndo. Laura tinha pensado no penhasco o dia inteiro, porém, no calor daquele momento, ela pensava apenas em sobrevivência.

Depois de muito tempo, finalmente pararam para escutar o rastro dos perseguidores. Porém, quando finalmente suas respirações se acalmaram, não escutaram nada além do leve balanço das copas das árvores. A noite estava quase silenciosa.

- Liuk, eles podem farejar nosso rastro, então vamos enganá-los para ganhar tempo, pelo menos até amanhecer! - exclamou ela, com uma ideia súbita.

- Como podemos enganá-los?

Laura tirou sua capa, ficando apenas com as roupas de baixo, começou a rasgá-la em pedaços. Liuk entendeu a ideia, tirou a sua capa e começou a rasgá-la também. Voltaram a correr, dando voltas e jogando preços em direções diferentes. Continuaram correndo até encontrarem uma estrada e uma bifurcação. Seguiram pelo meio, na densa floresta, evitando quebrar qualquer galho ou deixar marcas no chão, naquele momento, os dois sentiam que o grupo estava longe, então não precisavam correr, poderiam usar a estratégia. Tiraram os sapatos e os enterraram, para ser mais fácil evitar pegadas, o que dificultou ainda mais o percurso, pois haviam pedras e galhos no caminho machucando os pés.

De repente, encontraram uma árvore diferente das que viram desde a saída do Condado das Águas. Era gigante, tinha uma coloração acinzentada, o troco era muito grosso, formando um diâmetro que caberia uma casa. A garota ficou hipnotizada pela beleza e imensidão. Os galhos eram imensos, invadiam metros a dentro em várias direções da floresta e os dois não conseguiam ver o topo ou a copa, de tão alta que era.

- Vamos subir? - indagou ela. Aquele poderia ser um esconderijo perfeito para a noite.

- Ideia perfeita! De lá poderemos ver tudo.

O casal subiu o mais alto que conseguiu. Ajeitaram-se em cada extremidade da árvore, cada um em um galho, e combinaram de fazer um gesto com as mãos, caso avistassem algo ou alguém.

A noite foi longa, mas finalmente a manhã chegou. Nenhum dos dois conseguiu dormir, ambos estavam exaustos, com fome e machucados. Porém, ao ver o sol, sentiram-se mais seguros, pois certamente os Bestais iriam dormir.

De cima, Laura reparou que haviam muitas árvores grossas e gigantescas iguais àquela em que estavam. Tudo parecia diferente. As folhas tinham tons alaranjados, que davam um aspecto muito peculiar, combinando com os troncos cinzas das árvores. O chão tinha uma terra preta, úmida e fofa. Os dois jovens desceram novamente.

- Onde estamos? - indagou ela.

- Nunca ouvi falar dessa vegetação ou desse solo! - respondeu ele, abaixando-se para pegar um punhado de terra com as mãos.

Os dois caminhavam com mais dificuldade, pois os machucados dos tombos e batidas estavam ardendo. Laura estava mais ferida. Liuk tentou estancar limpar o sangue em um dos calcanhares da jovem, porém lembrou-se que a maior parte da sua roupa fora deixada para trás. Estavam quase nus e com frio.

- Ai estao vocês! - rosnou uma voz, os dois voltaram-se para trás e deram de cara com um integrante do clã Bestal.

Não pensaram, voltaram a correr novamente, entrando cada um em uma direção diferente da floresta. Laura virou-se para trás, enquanto corria, para pegar a mão de Liuk, porém não o encontrou, no lugar dele, viu mais quatro Magos Bestais correndo em sua direção. A jovem acelerou ainda mais o seu passo, correndo sem direção. Um frio percorreu por todo o seu corpo, estava sozinha novamente, fugindo da morte que era iminente!

***

Eu estava muito medo, correndo sem direção, com mais receio de olhar novamente para trás e ver que estavam mais próximos de mim que antes. Eu sentia que estavam muito próximos, podia jurar que escutava suas respirações quentes em um dos meus ombros. Liuk poderia estar morto, se ao menos eu tivesse me contentado em ficar ao seu lado no fim, morreria com alguém ao meu lado, não completamente sozinha, no meio do nada, onde ninguém, ninguém, NINGUÉM viria me ajudar.

As lágrimas começaram a cair do meu rosto, meu coração doía como se uma adaga brincasse de furá-lo, lembrando de Eduardo. Por que ele não veio me encontrar? Por que ele era tão covarde? Por que ele me fazia sofrer daquela forma, se em tantos outros momentos me dava a entender que se importava comigo? Liuk foi capaz de abrir mão de toda a sua vida por mim, porque ele, que recém descobriu essa vida, não era capaz? Ah, Eduardo, como eu queria beber a poção do esquecimento, para nunca mais te amar!

Num passo errado, eu caí no chão. Malditas raízes de árvores que saiam daquele solo estranho! Me encolhi no pé da árvore, enquanto observava os quatro homens animalescos me cercarem. Estavam muito satisfeitos enquanto um deles preparava o seu golpe. Tapei meu rosto novamente, me encolhi em posição fetal, queria afundar no chão. Nunca pensei que pediria por minha vida, mas pedi.

- Não me matem, por favor, não façam isso! - eu gritei algumas vezes, esperando ser atingida. Porém esse golpe nunca chegou. Respirei algumas vezes tentando criar coragem de olhar, até que finalmente abri os olhos e levantei meu rosto. Os quatro Bestais se afastaram lentamente de mim, olhando para algo ou alguém que surgira atrás. Virei com esperança de ser Eduardo ou os Nômades das Águas que vieram me ajudar, porém vi um único homem no lugar.

Era o homem mais diferente que havia visto em Naigaron. Seus cabelos eram prateados, tinha grandes olheiras em seus olhos, dando um aspecto sombrio. Seus olhos eram também da cor prata. Suas roupas eram pretas, muito difíceis de decifrar, pois pareciam uma junção de diversos tecidos escuros diferentes. Voltei a sentir medo, no entanto não movi nem a minha unha, para me camuflar, pois o homem estranho olhava apenas para os quadro Magos Bestais, se aproximando com muita calma, mas sempre olhando fixamente.

- D-d-d-desculpa… - gaguejou um dos Bestais.

- Jamais desculpamos - disse o homem, com sua voz grossa, parecendo um trovão. Carregava uma certa frieza que apavorou ainda mais a garota.

Os quatro Bestais olharam para mim, pareciam querer que eu me levantasse e fugisse com eles. Como não me movi, um deles foi na minha direção, contudo antes de me tocarem, todos desabaram no chão. Pareciam estar passando muito mal. Começaram a gritar e se contorcerem. Voltei-me para o homem e me choquei ao ver que seus olhos mudaram para um tom de água. Olhei novamente para os quatro Bestais, mas já estavam mortos, seus corpos estavam enrugados e murchos, como se tivessem perdido toda a água do corpo. Foi então que eu entendi, aquele homem era incrivelmente poderoso, capaz de sugar toda a água vital de um corpo com apenas seu olhar. Era um poder sombrio, cruel! Por que alguém iria querer algo assim, se não fosse para fazer o mal? Olhei para ele novamente, de que Clã ele era?

O homem olhou para mim no mesmo instante e começou a caminhar em minha direção. Agora era a minha vez! Meu corpo ficou completamente dormente e a minha cabeça parecia que iria explodir de tanta dor. À medida que ele se aproximava, eu perdia totalmente os sentidos do meu corpo, até que finalmente fechei meu olhos e senti meu corpo cair, completamente dormente, no chão.


Eu morri?

Tão rápido que não pude perceber…

Continua no próximo sábado…


Miriam Coelho

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."
- Ricardo Mendes

COLETIVE ARTS, 07 ANOS DE VIDA,
SENDO A MAÇÃ DE ALGUNS,
O GIRASSOL DE OUTROS!


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