O UNIVERSO CONTA

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Capítulo VII -  Novos Rumos

- parte 2

 Aquela informação me deixou confusa e surpresa! Liugh conheceu minha mãe?

- Sim. Quando ele ainda era um menino quando a conheceu. A irmã mais velha de Liugh ainda estava viva nessa época. O menino que você vê é o de Liugh, antes de perder a irmã.

- Como que o espírito dele surge assim, na forma de criança? Quer dizer... é um espírito? Ou uma parte da sua alma que se desprende do corpo? - indaguei, confusa, tentando entender a resposta.

- Sim. Você não está errada, é um fragmento de alma. Quando algo muito traumático acontece, uma parte da nossa alma se desprende de nós e passa a repetir o fato eternamente. Isso acontece em todos os mundos, porém, aqui em Naigaron, podemos esbarrar em nossos fragmentos.

Suspirei, olhei para o chão e me sentei em frente a Grande Fey para continuar a conversa. Algumas coisas começavam a fazer sentido, Liugh havia me dito que eu era parecida com alguém que conhecera. Poupou minha vida por essa semelhança antes mesmo de entender quem eu realmente era. Coincidentemente, ele conhecera a minha mãe. Como era a irmã mais velha dele? O que minha mãe teria a ver com tudo isso? Como se conheceram. No mesmo instante lembrei da mulher que encontrei na floresta, presa no universo dos Emissários Sombrios. Será?

- Aluri era a irmã mais velha de Liugh. Seria a Líder do Condado Oculto. O pai, e antigo líder do clã, tinha uma forte conexão com Aluri, via muito de si mesmo e acreditava que seria uma grande líder do Condado Oculto. Liugh, porém, era parecido com sua mãe e seu avô paterno, que tinha um relacionamento ruim com o pai dos netos. Essas semelhanças afastavam pai e filho. Mas quando Aluri e Liugh encontraram a ilusão de Liana na floresta, Aluri tocou em sua mãe e foi levada pelos Emissários Sombrios. Não foi uma perda fácil. O pai deles culpou o filho mais novo, porém teve de treiná-lo contra sua vontade, já que era o único descendente vivo.

Eu estava certa em minha suposição. Aquela mulher que encontrei na floresta era mesmo a minha mãe. Meu coração se encheu de alegria como se houvesse alguma possibilidade de nos vermos novamente. Se estava presa no mundo dos Emissários Sombrios, talvez não estivesse morta! Eu queria vê-la novamente. Olhei para a floresta ao redor de nós e me perguntei se ela poderia aparecer ali.

- Ninguém nunca conseguiu voltar de uma captura dos Emissários Sombrios. Todos os capturados são considerados mortos, pois não estão mais nesse mundo. Nunca poderão sair de sua simulação ou nos reconhecer. - respondeu a Grande Fey, murchando meu coração. Mas não totalmente, pois eu iria tentar! Iria descobrir uma forma. Em algum livro, poderia encontrar uma pista. Eu precisava comprovar pelas minhas tentativas. Empurrei minha ideia para o canto mais profundo do meu coração antes que aquela ave tentasse destruí-la.

- E a mãe deles? - Mudei de assunto.

- Morreu dois anos depois do nascimento de Liugh, em uma batalha contra os Magos Bestais. - a fênix respondeu, bocejando e começando a pestanejar - Ela era uma Mágica da Água, como você.

- Esse fragmento da alma continuará eternamente aqui?

- Mesmo depois da morte de Liugh.

- Não existe uma forma dele desaparecer?

- Só quando Liugh reencontrar sua irmã.

Eu e Liugh tínhamos dores semelhantes. Muitas perdas e muitas responsabilidades que não queríamos - fora o nosso destino destrutivo em comum. Pensei em como agira com ele desde que nos conhecemos. Eu era do mesmo clã que a mãe dele e o meu pai. Talvez ele esteja triste com a forma rude que agia desde que nos conhecemos. Eu poderia ser o único elo dele com o outro lado da sua família. A minha rebeldia pode ter acentuado ainda mais a rejeição do mundo por ele.

- Ele não está triste com você, Laura. - disse a Grande Fey acompanhando meus pensamentos - ele sustenta a imagem distante que seu pai ensinou como autodefesa. Vocês dois têm sim muito em comum, principalmente um destino a cumprir.

- A minha morte e a destruição de Naigaron? - indaguei nervosa.

- A previsão do Grande Oráculo não está clara. Vocês irão descobrir quando for a hora certa. Mas uma parte é verdade, Naigaron será destruída e vocês precisam seguir os seus caminhos.

A fênix bocejou, aninhou-se novamente em seu velho canto já marcado com os contornos do seu corpo. Fechou os olhos e adormeceu. Coloquei-me em pé novamente e caminhei sem rumo para dentro da caverna. Voltei, sem pensar, para o quarto de Liugh. O que eu procurava? Outra nova informação? Não havia nenhum vestígio do seu retorno por lá, tudo estava do mesmo jeito que deixei. Onde ele fora?

Pensei em tudo que descobri até aquele momento. A vida era realmente surpreendente. Meu maior inimigo nunca quis cumprir a previsão - pelo contrário -, sempre me salvou. A Grande Fei dizia que tínhamos de trabalhar juntos nos planos dele, mas, até aquele momento, eu ainda não sabia quais eram.

Decidi! Estava na hora de termos uma conversa franca, frente a frente! Saí do quarto e pensei em ir até a biblioteca procurá-lo. Se não estava com a fênix, certamente estaria na biblioteca. Caminhei até lá me sentindo forte e decidida. Estava certa do que queria até o instante em que abri a porta e o encontrei sentado no chão, dormindo, com uma pilha de livros ao seu lado e outro no colo. Ele estava longe dos seus pertences, do seu quarto, da sua cama, enquanto eu permanecia o rejeitando. Senti-me culpada.


Continua no próximo sábado…


Miriam Coelho

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."

COLETIVE ARTS, 07 ANOS DE VIDA,
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