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Capítulo VII -  Novos Rumos

- parte 7

No dia seguinte, abri os olhos gemendo de dor, minha cabeça parecia um balão estufado de ar, prestes a explodir. O quarto havia parado de girar, mas em troca eu sentia muito enjoo. Ao virar virar meu corpo de lado, vislumbrei um copo com um líquido de cor avermelhada. Um bilhete estava embaixo do copo. Me arrastei até a lateral da cama, estiquei o braço e peguei o papel para ler: “Beba!”. Era a letra de Liugh. Até por bilhetes ele era um comandante frio. Aproximei meu corpo do copo, brincando de ver o quarto através daquela coloração. Se fosse veneno, eu poderia morrer vendo o mundo daquela cor? Poderia ser uma poção do anti amor também - se ele sabia dos meus sentimentos, deveria me ajudar a esquecê-lo. Se eu bebesse, esqueceria qualquer sentimento por qualquer homem e voltaria a ser apenas eu, livre, solta, sem nenhuma preocupação além do meu bem estar. Poderia ser uma poção do esquecimento também. Mas eu queria esquecer? Haveria um vazio imenso em minha vida se esquecesse todo o meu passado - quem seria eu? Peguei o copo, enquanto me ajeitava na cama, rezei para não vomitar enquanto bebesse aquele líquido, respirei fundo e bebi em grandes goles. Um arroto saiu imediatamente. Era  viscoso, porém não tinha um gosto desagradável. Aos poucos, comecei a sentir alívio nos meus sintomas de pós bebedeira. Soltei outros arrotos e - à medida que saíam - meu corpo foi se recuperando. Sorri em êxtase, era tão bom não sentir mais aqueles sintomas. Apesar de toda aquela frieza, Liugh sempre cuidava de mim! Motivo pelo qual seria difícil mudar meus sentimentos.

Levantei da cama com a energia de quem nunca provou álcool na vida. Escolhi a minha roupa do dia e fui me arrumando enquanto pensava na noite anterior, a que poderia ter sido meu primeiro beijo com alguém do Condado Oculto, Digy, o primo da minha melhor amiga. Alguém bateu na porta antes de entrar, era Zime. Seu rosto estava muito abatido. Arrastou-se até mim com um papel na mão e os olhos quase fechados de tanto sono. Me entregou.

- Lau, estou destruída de ontem! - disse, se arrastando até a minha cama e se atirando sobre ela. - Vi que Liugh veio buscá-la ainda no meio da nossa festa! O  que ele estava pensando? - ela exclamou, bufando - Meu primo gostou muito de você, sabia? Mas quando o nosso líder surgiu e a levou daquela forma, ele ficou  com receio de interferir, então escreveu essa carta e me pediu para te entregar.

Olhei para o papel alguns instantes antes de abri-lo, estava com receio do que poderia encontrar em palavras:

“Querida Lau, gostei muito de conhecê-la.

Sempre me perguntei se algum dia teria essa

oportunidade. Me encantei com seus olhos no

primeiro instante em que a vi! Seu jeito meigo e fofo de ser

me deixaram sonhando com os próximos encontros.

Quando poderemos nos encontrar novamente?

Dygi.”

- Eu gostei do Digy, mas não sei se devo encontrá-lo novamente - eu disse, deitando do lado dela. Ela arregalou os olhos e me olhou de cima a baixo.

- Como você pode estar vestida e tão bem depois de ontem? Bebeu tanto quanto eu! E é claro que deve encontrar meu primo!

- Liugh deixou-me um remédio ao lado da minha cama. Quando acordei, havia um bilhete me mandando beber, acredita? - eu disse, rindo - Mas foi milagroso! Estou como se nunca tivesse bebido antes! Será que não tem mais na cozinha? Posso pedir um pouco para você.

Ela franziu a sobrancelha e se levantou rapidamente.

- Não precisa. - seu olhar mudou para uma seriedade triste a qual eu nunca tinha visto antes - Sabe... eu não entendo por que ele é tão bonzinho com você! Sei que ele não gosta de você. Ele não olha para nenhuma mulher! Mas ainda assim, é bonzinho demais com você.

Meu peito doeu assim que ela que ele não gosta de mim, porém fiquei surpresa pela sua mudança brusca. Às vezes sentia que Zime era dura demais comigo, esses momentos eram sempre quando se tratava de Liugh.

- Mas estou feliz que você está bem! - ela disse, forçando um sorriso que não deu certo - vou voltar para o meu quarto e dormir um pouco mais. Nos vemos na avaliação amanhã?

- Não... Liugh disse que não irei participar.

- Hum... - ela disse, olhando para os próprios pés - sabe, Laura. É bom lembrar que Liugh é o líder do Condado, o interesse dele nas pessoas daqui é apenas relacionado a proteção do povo e os protocolos de vida de todos nós. Mas meu primo gostou de você.

E saiu sem se despedir. Fiquei triste e confusa com o que ela me falara. Era minha única amiga, depois de Alue, não queria que brigássemos por algo que não sabia exatamente do que se tratava. Abri a porta e tentei alcançá-la, ela caminhava em uma direção do corredor e Liugh vinha de outra. Dei alguns passos na direção dela, porém ele me chamou assim que me viu. Zime virou-se para nós com um olhar triste e logo seguiu pelo caminho com mais rapidez até desaparecer. Foi então que eu entendi que ela também gostava de Liugh, assim como eu.

Me perguntei há quanto tempo se conheciam antes de mim? Será que chegaram a falar sobre seus sentimentos antes? Nos tornamos amigas assim que comecei meus estudos com o grupo de guerreiros do Condado. Ela se aproximou de mim no primeiro dia, fazendo piadas enquanto tentávamos entender a aula de primeiros atendimentos a feridos. Me senti inserida na comunidade por causa de Zime, que me apresentou a todos. Naquele momento, nossa amizade se tornou confusa, me senti como a “outra”, que surgiu para atrapalhar uma história que já existia! Talvez Liugh não estivesse livre para sentir algo por mim pois já tinha uma história com minha amiga. Eu queria desaparecer da vida deles para sempre. Meu impulso era de correr sem olhar para trás até que estivesse longe de tudo e de todos. O ignorei me chamar e fui em direção ao meu quarto, profundamente envergonhada de tudo que disse para Zime em relação a ele antes.

- Onde você vai? - ele perguntou, se aproximando de mim. Virei-me com muita vergonha. Não queria mais fazer parte da sua vida.

- Não estou me sentindo bem hoje, podemos falar amanhã? - miei.


- Não tomou o remédio que deixei em cima da sua mesa? - de repente ele olhou para o papel que ainda estava em minhas mãos. - O que é isso? - e puxou sem que eu  pudesse resistir. Leu o recado enquanto sua expressão ficava cada vez mais enrugada - é por isso que quer ficar aqui? - ele rosnou. Amassou o papel até ficar minúsculo e colocou em uma dobra da roupa - você não vai ficar mais nem um dia aqui! Vou pedir para Sole arrumar o essencial para a nossa viagem, vamos! - disse, voltando-se para a direção de onde veio e me convidando a seguir.

- Para onde vamos?

- Para a clareira, é por lá que sairemos do Condado essa noite.

- O que faremos lá até a noite?

- Esperar. Você não sairá da minha vista por hoje! - respondeu, ainda irritado comigo. Eu o segui com medo do seu olhar. Certamente não me via como uma integrante do Condado Oculto. Eu era de fora, tinha outra vida, outra história. Assim que nossas missões acabassem e o Conselho Geral tivesse seu fim, entendi que jamais voltaria para aquele lugar novamente.

A vergonha tomou conta de mim naquele dia, me fazendo sentir uma forasteira novamente. Sentei-me em um canto, bem longe de Liugh, para amainar minha tristeza, enquanto ele falava com Sole. Aquele dia seria longo até a noite chegar.

Continua no próximo sábado…


Miriam Coelho

"Quanto mais arte, menos violência. Quanto mais arte, mais consciência, menos ignorância."

COLETIVE ARTS, 07 ANOS DE VIDA,
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